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3 motivos para abandonar já a poupança
Faz tempo que ouvimos e lemos nos noticiários que a poupança não está valendo a pena. Se você ainda não se desapegou dela ou, então, ainda está considerando a centenária caderneta como opção de investimento neste momento, listamos três motivos para desistir disso de vez.
1. Com a poupança, você perde poder de compra
O rendimento da poupança segue uma regra: até o dia 3 de maio de 2012, o dinheiro que você colocava na poupança rendia 0,5% ao mês + a TR (Taxa Referencial), um instrumento financeiro antigo que caiu em desuso e, hoje, está praticamente zerado.
Mas, depois dessa data, tudo mudou e as regras para o rendimento da poupança ficaram dependentes da Selic, conhecida no Brasil como a taxa básica de juros da nossa economia:
- Se a taxa Selic estiver maior do que 8,5% ao ano, a poupança renderá 0,5% ao mês + TR;
- Se a taxa Selic estiver menor ou igual a 8,5% ao ano, o rendimento será de 70% da Selic + TR.
Hoje, com a Selic no patamar de dois dígitos, vale a primeira regra, ou seja, igual a antiga. Isso significa que a poupança rende pouco mais de 6% ao ano. Mas só a inflação dos últimos 12 meses está mais de 12%.
Na prática, quem aplica na poupança nesse cenário está perdendo o poder de compra. A rentabilidade da caderneta não compensa a alta nos preços de produtos e serviços.
2. A poupança rende por mês e não por dia
O dinheiro aplicado na poupança rende mensalmente, diferente de alguns investimentos em que o rendimento é diário. Novamente, vamos imaginar que um investidor tenha colocado 100 reais hoje na poupança e, daqui 15 dias, decidiu resgatar esse dinheiro.
Como o rendimento da poupança é mensal, esse dinheiro que você deixou durante 15 dias não rendeu absolutamente nada. Ou seja, a situação teria sido a mesma se o dinheiro estivesse parado na conta.
Só se recebe o rendimento quando o resgate é feito depois de 30 dias do início da aplicação. No entanto, se o dinheiro tivesse sido aplicado em um investimento com rendimento diário, já poderia render alguma coisa mesmo com o resgate sem completar o mês.
3. Há opções tão práticas e muito mais rentáveis
Se você quer um investimento que seja tão prático quanto à poupança e que rende mais, os fundos de renda fixa podem ser uma alternativa interessante.
Afinal, com esse tipo de investimento você consegue diversificar entre os ativos da classe que mais têm se beneficiado da alta dos juros e da inflação, como títulos públicos (Tesouro Selic, Tesouro IPCA+), debêntures, entre outras opções de renda fixa selecionadas por um gestor que conhece o mercado.
*Texto escrito por Karol Rui, CEA. Artigo originalmente publicado no Feed de Notícias do íon Itaú. Para ler este e outros conteúdos, acesse ou baixe o app agora mesmo.
A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.
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