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Cinco erros que transformam a entrada na Bolsa numa cilada
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Reserva de emergência é para emergências. Não para comprar ações
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Investir sem ter conhecimento está na lista dos fracassos
Investir na Bolsa de Valores pode ser algo sedutor, especialmente se for apresentado em uma propaganda na internet prometendo altos retornos em pouco tempo. Ainda pode representar, para muita gente, uma chance imperdível de entrar em um ativo, o que justificaria comprometer uma parte maior do patrimônio do que a carteira permite. Porém, quem já conhece esse mercado sabe que há pouquíssimo espaço para a sorte e que os erros serão cobrados.
O grande número de investidores que a Bolsa brasileira recebeu nos últimos dois anos foi bom para o mercado, mas também trouxe muita gente inexperiente, propensa a cometer erros básicos. “Os novos investidores estão mais despreparados, o que faz com que não tenham sucesso e criem aversão à Bolsa de Valores”, diz Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management. Para isso não se repetir, separamos cinco erros que você deve evitar ao entrar no mercado acionário. Confira:
Erro #1: ter foco no curto prazo
A Bolsa de Valores é um dos instrumentos mais recomendados para o investimento de longo prazo. Ela pode ser uma cilada para quem queira dinheiro fácil e rápido, já que nela operam profissionais de um mercado que costuma punir esse tipo de postura. “É possível adotar estratégias de curto prazo na Bolsa, mas apenas para aqueles que se dedicam de forma profissional a isto. Muitos investidores começam na Bolsa com pouco capital, tentando multiplicá-lo em um curto período e isso pode ser perigoso”, diz Bráulio Langer, analista da Toro Investimentos. Portanto, cuidado ao tentar operar no day trade.
Erro #2: investir sem ter conhecimento
Considerando que este é um mercado com vários profissionais atuando, entrar sem ter conhecimento algum pode ser uma das coisas mais perigosas que o investidor pessoa física faz.
A ilusão do ganho rápido atrai muita gente para a Bolsa. É a cilada do falso conhecimento.
Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management
Comprar ações sem saber os fundamentos da empresa nem conhecer os ativos que estão em tendência de baixa são alguns dos exemplos dados por Gonçalvez de atitudes de entrantes sem conhecimento.
Erro #3: Investir na Bolsa sem ter uma reserva de emergência
A construção de uma reserva de emergência é o primeiro passo para entrar no mundo dos investimentos. Considerando que a Bolsa de Valores tem um nível considerável de volatilidade e risco, entrar nela sem proteção é um erro grave e torna o ambiente uma cilada para quem faz isto.
“É fundamental que o investidor possua uma reserva de emergência e pense na construção do patrimônio ao longo dos anos. A Bolsa serve para rentabilizar o capital e protegê-lo da inflação”, diz Bráulio Langer.
Erro #4: Aplicar um dinheiro que você não pode perder
Na mesma linha da reserva de emergência está o erro de investir na Bolsa uma parte do capital que não foi separada para isto. Investir a reserva de emergência em ações ou usar o dinheiro daquela parcela que vence em algumas semanas pode até dar certo, mas o risco é grande demais. Portanto, não faça isso.
Langer relembra o que parece óbvio, mas precisa ser dito: “A renda variável varia. Então, as perdas de curto prazo podem acontecer, a volatilidade natural da Bolsa pode traumatizar o investidor iniciante e causar perdas”.
Erro #5: Fugir do perfil de risco
O último erro se relaciona com o primeiro da lista. É preciso conhecer o seu perfil de risco antes de entrar em qualquer investimento. A Bolsa geralmente não é indicada para os mais conservadores. Além disso, alguns tipos de operações podem aumentar ainda mais o risco do investimento, como é o caso dos contratos futuros.
“Nem todos têm perfil, paciência e tempo para aprender a investir e operar em estratégias mais arriscadas”, diz o analista da Toro Investimentos. Ou seja, se você é um investidor moderado ou uma investidora menos agressiva e faz uma operação arriscada, pode acabar se assustando e saindo do ativo antes da hora. E isso pode causar perdas desnecessárias à sua carteira.
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