- Home
- Mercado financeiro
- Ações
- Grupo Pão de Açúcar (PCAR3): com o prejuízo de R$ 269 milhões no 1º tri, vale investir em ações da empresa?
Grupo Pão de Açúcar (PCAR3): com o prejuízo de R$ 269 milhões no 1º tri, vale investir em ações da empresa?
Empresas citadas na reportagem:
O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) divulgou prejuízo líquido de R$ 269 milhões no primeiro trimestre de 2023. O prejuízo líquido atribuído aos controladores do GPA corresponde a um avanço de 245% em relação ao prejuízo de R$ 78 milhões obtido no mesmo período de 2022.
Diante desse cenário, muitos investidores têm se perguntado se vale comprar ações do grupo.
A seguir, confira mais informações sobre a empresa e confira a avaliação dos analistas em relação a PCAR3 para entender se é hora de investir na companhia.
O que é Grupo Pão de Açúcar (PCAR3)?
Empresa varejista do Grupo Casino, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) é um conglomerado brasileiro com atuação no comércio, tanto no varejo quanto no atacado. Está presente em todas as regiões do Brasil.
Além da marca que dá nome ao grupo, fazem parte do negócio Extra, Compre Bem, Qualitá e Taeq, entre outras.
Trata-se do maior grupo de varejo alimentar na América do Sul, com um portfólio diversificado de marcas líderes no Brasil, Colômbia, Argentina e Uruguai.
O Grupo teve início em 1948, com a inauguração da Doceira Pão de Açúcar, em São Paulo. A primeira unidade de supermercado surgiu somente em 1959.
Durante a década de 1960, a empresa estava focada nos supermercados Pão de Açúcar. A partir de 1970, surgiram outras marcas. Primeiro vieram os Hipermercados Jumbo; na sequência o Assaí Atacadista, Eletroradiobraz, Bartira e Minibox.
Ações no mercado
Na década de 80, ocorreram mais fusões e aquisições. Em 1995, foi o momento de lançar as ações do Pão de Açúcar ao mercado.
Já em 2005, o Grupo Casino adquiriu o controle do Pão de Açúcar e passou a ser co-controlador da varejista. Quatro anos depois, o GPA adquiriu toda a operação do Assaí, o Pontofrio e se associou às Casas Bahia. Como resultado, o Grupo Pão de Açúcar se tornou o maior grupo de varejo e distribuição do país.
Como comprar ações do Pão de Açúcar do (PCAR3)?
O Grupo Pão de Açúcar tem ações listadas na B3 desde outubro de 1995 e na Bolsa de Nova York desde maio de 1997. Atualmente, o GPA está listado na B3 apenas com ações ordinárias (PCAR3).
Desde março de 2020, o GPA faz parte do segmento Novo Mercado da B3. Para fazer parte dessa classificação, o capital social negociado em bolsa só pode ser composto por ações com direito a voto. Ou seja, a empresa deve ter apenas ações ordinárias (ON).
Sendo assim, o Grupo Pão de Açúcar negocia apenas ações PCAR3. Por conseguinte, o ticker PCAR4 deixou de ser negociado desde 2020, com a migração para o Novo Mercado.
Para comprar ações do Pão de Açúcar do (PCAR3), primeiramente você deve abrir uma conta em uma corretora de valores. Depois disso, é só transferir o dinheiro que deseja investir para a sua conta e começar a negociar por meio do ticker PCAR3.
Últimos resultados do Pão de Açúcar (PCAR3)
O prejuízo líquido atribuído aos controladores do GPA ficou em R$ 269 milhões no primeiro trimestre de 2023, um avanço de 245% em relação ao prejuízo de R$ 78 milhões obtido no mesmo período de 2022.
De acordo com a empresa, o número considera as operações em continuidade do Grupo GPA, desconsiderando Hipermercados e Grupo Éxito, assim como o perímetro internacional da Cnova.
O GPA também decidiu ajustar de forma retrospectiva os dados apresentados no primeiro trimestre de 2022, para melhor comparação de dados.
A receita líquida cresceu 15% no comparativo anual entre trimestres, para R$ 4,5 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 270 milhões, recuo de 8,3% ante janeiro a março de 2022. A margem Ebitda ajustada também caiu 1,5 ponto, para 6%.
No primeiro trimestre, o grupo inaugurou duas lojas Pão de Açúcar e quatro unidades de proximidade. O grupo também reformou 13 lojas no mesmo período.
Vale a pena investir em Pão de Açúcar (PCAR3)?
O BB Investimentos cortou, em março deste ano, o preço-alvo esperado para as ações do GPA (PCAR3) em 2023 de R$ 20,60 para R$ 14, reiterando a recomendação de venda.
De acordo com o banco, a atualização vem após incorporar os resultados do segundo semestre de 2022 da varejista e após ajustes das premissas macroeconômicas.
“Apesar de a companhia estar trabalhando em iniciativas visando à melhoria de margem comercial, redução de quebra de estoque e diluição das despesas, entendemos que a maturação das medidas pode não vir a ser suficiente para retomar a rentabilidade esperada pelo GPA diante de um cenário macroeconômico menos propenso ao consumo”, comentam os analistas das instituição.
Recomendação neutra
A XP tem uma recomendação neutra para PCAR3, com um preço-alvo de R$ 21. De acordo com a corretora, apesar da visão positiva em relação às iniciativas do GPA e seu plano de expansão, “vemos riscos de execução para a abertura acelerada das 300 lojas e entrega do nível de rentabilidade de 8-9% até o fim de 2024, além de termos uma visão um pouco mais cética frente ao plano de desinvestimentos da empresa até o fim de 2023”.
Já o Safra, após o GPA (PCAR3) anunciar seu plano de reestruturação societária no ano passado, aponta recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 23.
Por fim, o Bank of America (BofA) rebaixou a recomendação para as ações de Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) de compra para underperform, com preço-alvo de R$ 14 (de R$ 27, anteriormente).
De acordo com o relatório do banco, pesam sobre as ações “o cenário macroeconômico difícil, o sentimento de desgaste entre analistas e agentes do mercado financeiro, uma lentidão no consumo, as taxas de juros mais altas que o esperado e possíveis mudanças fiscais”.
Leia a seguir