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Caso SVB: Quebra do banco americano impacta suas aplicações no Brasil?
Se você tem aplicações prefixadas, pode esperar uma valorização nos títulos
A falência do banco americano pode atingir, sim, seus investimentos. Mas, calma, porque o impacto pode ser melhor do que você imagina.
Assim como está ocorrendo nos Estados Unidos, onde o episódio pavimentou uma onda de redução de expectativas na alta dos juros americanos, também no Brasil, muitos analistas estão convencidos de que a quebra dos dois bancos serviu para acender o sinal amarelo de que as taxas de juro devem começar a ceder.
E, se você tem aplicações de renda prefixadas, pode esperar uma valorização nos seus títulos que poderá ser intensificada na medida em que a curva de juros ceder. Também favorecerá ativos de risco, como as ações que, com juros menores, tendem a se beneficiar.
Grande parte dos analistas esperava que a próxima reunião do FOMC (o comitê de política monetária dos EUA) na próxima semana promovesse uma alta de 0,5 ponto percentual na taxa americana.
Com o episódio, a expectativa agora é de que, se houver aumento, há um grupo que já duvida que ocorra aumento na próxima reunião, ele será de 0,25 ponto percentual.
Já no Brasil, desde o episódio envolvendo a Americanas, a preocupação com a qualidade do crédito nas carteiras dos bancos vem crescendo e, com isso, os bancos ficaram ainda mais seletivos na concessão de crédito, o que tem um impacto negativo na atividade econômica.
Com isso, já havia uma reversão de expectativas de que as taxas de juro brasileiras começariam a ceder ainda neste primeiro semestre. O episódio com os bancos americanos deve reforçar esta visão e projeções de que o Copom comece a reduzir as taxas antes do que era anteriormente esperado.
Analistas e gestores que acompanharam o passo a passo da crise dos bancos americanos, neste final de semana, concordam que o governo americano agiu rapidamente e a linha que foi colocada disponível é um caminhão de dinheiro, muito acima do que necessitava os dois bancos, portanto, será suficiente para evitar contaminações de bancos regionais, que era o grande receio do mercado.
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