Diversificar o portfólio com um custo mais baixo é uma das características que tem atraído investidores para os ETFs. De acordo com a B3, o número de CPFs que investem na modalidade mais que dobrou em 2021, chegando a 500 mil investidores — um aumento de 109%. Hoje, já são cerca de 600 mil pessoas.
“Acho que isso aconteceu por dois principais fatores. O primeiro, é o próprio crescimento de pessoas cadastradas na Bolsa, aumentando o acesso a todos os produtos. Além disso, os ETFs têm características interessantes para quem está começando e quer investir em uma cesta variada de produtos”, explica André Chede, sócio da Turing.
O ETF é um fundo de índice, que oscila de acordo com a sua referência, seu benchmark. “É um produto democrático em vários sentidos. Ele tem um valor mínimo de investimento mais baixo e é fácil de acompanhar”, ressalta André. Os interessados em investir nos ETFs encontram várias opções no mercado.
Entenda os dois tipos de ETFs
Os ETFs de renda fixa são fundos negociados em Bolsa que buscam refletir as variações e a rentabilidade de índices de renda fixa. Na maioria das vezes, as carteiras são compostas por títulos públicos ou títulos privados. Uma das grandes vantagens dos ETFs de renda fixa é a tributação do Imposto de Renda, de 15% sobre o lucro, independentemente do prazo da aplicação.
Já os ETFs de renda variável, também chamados de ETFs de ações, são negociados em Bolsa e são formados por ações, seguindo um determinado índice reconhecido pela CVM. Por exemplo: um ETF de renda variável pode seguir o índice NASDAQ ou o Ibovespa. A diversificação entra como uma das grandes vantagens, já que o dinheiro será investido em vários ativos.
Como escolher o ETF?
O que você deve levar em consideração na hora de escolher entre um e outro? Tudo depende do horizonte de investimento e do seu perfil. Os ETFs de renda fixa são mais seguros e podem ser uma boa opção para investidores mais conservadores e que querem se familiarizar com o ambiente da Bolsa. Por outro lado, ETFs de renda variável podem ser um produto de entrada para a modalidade, já que usa um índice como referência.
“As opções de ETFs de renda fixa são menores, já que a segmentação é mais limitada. A maior parte é de títulos públicos. Na renda variável, há um leque maior de opções. A escolha varia de acordo com o gosto do investidor, já que ele pode investir seguindo diferentes índices. Vai depender muito da estratégia”, ressalta André.