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Selic a 13,75% por ano: 3 fundos imobiliários para investir quando juros estão altos
A alta da Selic, a taxa básica de juros, traz dúvidas para os investidores, inclusive aqueles que pensam em aplicar em fundos imobiliários, mas não sabem quais podem ser as melhores alternativas para este momento.
Para esclarecer as principais questões relacionadas a esse assunto, a Inteligência Financeira pediu a ajuda de Paulo Carneiro, responsável por Produtos Imobiliários e Alternativos do Andbank no Brasil. Vamos às respostas.
Na prática, o que significa Selic alta?
“Selic alta define um período de restrição monetária”, define Paulo.
Traduzindo: quando os juros sobem, definidos pela taxa Selic, o Banco Central pretende com isso diminuir a quantidade de dinheiro em circulação. É uma maneira de segurar a inflação.
Partindo desse princípio, ele afirma que a alta da Selic proporciona que investidores tomem risco em produtos de renda fixa com custo de oportunidade elevado.
E por que isso acontece? “O governo paga aos investidores um retorno com baixo risco”, afirma.
“Isso proporciona aos bancos emitirem produtos bancários isentos, como LCI e LCA, com baixíssimo risco dentro do Fundo Garantidor de Créditos (FGC)”, explica.
De acordo com Paulo, ativos como CDBs (Certificados de Depósito Bancário) também se tornam atrativos neste cenário, porque oferecem retornos acima da Selic.
“Os investidores saem do risco da renda variável e vão para esses produtos com volatilidade baixa e risco baixo, desde que estejam enquadrados dentro do FGC”, diz ele.
Selic alta é bom ou ruim para quem investe em FIIs?
“Depende”, afirma Paulo. Ele explica: “Selic alta é ruim para fundos de tijolo, porque os juros elevados remuneram melhor que os próprios fundos”, afirma.
Ou seja, segundo o especialista, não é um bom momento para fundos imobiliários que focam em imóveis físicos como lajes corporativas, galpões logísticos e shoppings, por exemplo, os chamados FIIs de tijolo.
“Por outro lado, o momento pode ser atrativo para fundos de crédito, que são os fundos de papel, que pagam CDI + spread”, afirma. “Isso proporciona rendimentos elevados e isentos de imposto”, lembra.
Quais são os melhores fundos imobiliários para investir quando a Selic está alta
A resposta do especialista é direta. “Os melhores fundos são os de recebíveis – ou seja, fundos de papel – atrelados aos CDI”, afirma.
Por quê? “Como os rendimentos são pagos acima do CDI, isso vai proporcionar renda elevada enquanto o CDI e Selic estiverem altos”, afirma.
Na prática, Paulo recomenda ficar de olho em três papéis específicos:
- KNCR11: o Kinea Rendimentos Imobiliários Fundo de Investimento Imobiliário é um fundo de papel que investe pelo menos 50% do seu patrimônio líquido em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Também pode investir em Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras Hipotecárias (LH), entre outros ativos;
- VGIR11: é um fundo de papel administrado pelo BTG Pactual, que, como regra, deve ter, no mínimo, 67% de seu patrimônio líquido investido em ativos alvo (CRI);
- HGCR11: também é um fundo de papel que, pelo regulamento, deve ter deve ter pelo menos 51% do patrimônio líquido investido em CRI.
“Vale ressaltar que esses fundos têm perfil de crédito corporativo, os chamados high grades, que são uma proteção ainda maior neste ambiente de incerteza”, finaliza.
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