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Gestores estão otimistas com a renda fixa; veja os ativos que podem bombar
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Pesquisa mediu a percepção sobre 33 ativos
Os desdobramentos da pandemia e da guerra entre Ucrânia e Rússia reforçaram o cenário de inflação não só no Brasil como em muitos outros países, incluindo os Estados Unidos. Com isso, os Bancos Centrais se viram forçados a aumentar os juros para conter a alta de preços. Assim, ativos de renda fixa ficaram mais atrativos. Afinal, muitos deles têm seus rendimentos atrelados aos juros básicos da economia, a Selic. Portanto, com juros maiores, os retornos desses produtos também sobem. Mas será que os gestores de fundos de renda fixa estão otimistas? Segundo o levantamento “Termômetro de Mercado”, feito pelo Modalmais, esses profissionais veem a Bolsa de forma neutra. Já em relação aos ativos de renda fixa ligados aos juros, inflação e crédito privado o otimismo é mais presente.
O objetivo da pesquisa é medir a percepção dos gestores para 33 ativos, separados pelas categorias: “Bolsa”, “juros e inflação”, “crédito” e “outros”. Com base no cenário atual, os participantes elencaram os itens numa escala de 0 a 5, em que 0 representa muito pessimista e 5 muito otimista. Veja abaixo as projeções deles por tipo de investimento.
Bolsa: pessimismo impera
No cenário projetado pelos gestores de fundos multimercados, a maioria (43%) mostrava-se pessimista com a Bolsa. Já entre os gestores de renda variável, 61% se disseram otimistas. Os gestores de renda fixa ficaram no meio do caminho: 33% disseram-se pessimistas, 33%, neutros e 33% otimistas. Nenhum respondeu que estava “muito otimista” nem “muito pessimista”.
Segundo a asset ESH, esse cenário contribui para uma gestão cautelosa por parte dos profissionais, com apostas em investimentos menos dependentes do cenário macroeconômico, como energia elétrica e telecomunicações.
Para as ações de consumo não-cíclico, 67% se disseram otimistas, contra 33% pessimistas. Para o grupo de petróleo, gás e biocombustíveis, 67% se mostraram neutros, contra 33% otimistas. Em tecnologia da informação, foram 67% pessimistas contra 33% otimistas. Nos demais setores, como bens industriais, financeiro, materiais básicos e outros, a grande maioria foi neutra.
Gestores animados com a renda fixa
A pesquisa também mapeou as expectativas dos gestores para os títulos de renda fixa pós-fixados (de curto, médio e longo prazo) e aos títulos prefixados (também de curto, médio e longo prazo).
Para os títulos pós-fixados, ninguém se mostrou pessimista. Cerca de 50% se mostraram neutros e 50% se disseram otimistas ou muito otimistas. Nos títulos pós-fixados de longo prazo, aproximadamente 75% se mostraram neutros, contra 25% muito otimistas.
Nos prefixados, a parcela da neutralidade também ganhou, com cerca de 50% dos respondentes indo para este caminho. Os outros 50% ficaram divididos entre os pessimistas e otimistas.
Inflação
Já nos títulos atrelados à inflação, no curto prazo houve um empate de 50% neutros e 50% otimistas. Já nos de médio e longo prazo, a vitória foi dos otimistas, com 50% dos respondentes, contra 25% de pessimistas e 25% neutros.
Foco no crédito privado
No crédito privado predomina o otimismo por parte dos gestores, especialmente nas categorias High Grade (com 50% muito otimistas, 25% otimistas e 25% neutros) e High Yield (com 50% otimistas, 25% muito otimistas e 25% neutros).
Na debêntures incentivadas, 50% se disseram muito otimistas, contra 25% neutros e 25% otimistas.
Nos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), o otimismo também predominou: foram cerca de 35% otimistas, 25% muito otimistas e 30% neutros.
Outros ativos
Em relação ao real, cerca de 35% se mostraram pessimistas contra 65% otimistas.
Já o dólar mostrou cerca de 35% de respostas neutras contra 65% otimistas, mesmas respostas registradas em relação ao ouro.
O índice S&P, da Bolsa norte-americana, só teve respostas neutras.
Por fim, títulos atrelados aos juros nos Estados Unidos tiveram cerca de 35% de pessimismo contra 65% de neutralidade.
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