Há poucos dias, a B3, Bolsa de Valores brasileira, lançou um índice que deve movimentar um dos principais setores do Brasil: o Índice Agro B3, ou IAGRO B3. O indicador acompanhará o desempenho de ações de empresas do agronegócio. Este é o primeiro índice do setor, que estreia com 32 ativos na carteira.
“É uma novidade muito interessante, considerando que o Brasil já tem outros índices de setores de energia elétrica, indústria, consumo, imobiliário e utilities. O índice agro vem em um bom momento, trazendo para o investidor a possibilidade de ir para um setor de forma mais direta, sem precisar analisar todas as empresas”, ressalta Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.
O índice do agronegócio é composto por 32 ações e units de companhias listadas. O objetivo do IAGRO B3 é ser o indicador de desempenho médio das ações de companhias de setores diretos e indiretos do agronegócio. Para participar do índice, o ativo precisa seguir alguns critérios, como estar presente em 95% dos pregões dos últimos meses e não ser classificado como penny stock (ações com preço médio inferior a R$ 1). A composição da carteira será revisada a cada quatro meses, sempre em janeiro, maio e setembro.
“O índice traz alguns destaques como JBS, Suzano, Ambev, Cosan, Klabin e até empresas mais novas, como a Jalles Machado, que entrou recentemente na Bolsa”, explica Cruz. Além das companhias mencionadas pelo estrategista, nomes como BRF, Rumo, São Martinho e SLC Agrícola também aparecem na lista.
O que muda com a criação do índice?
Novos produtos devem ser criados a partir do IAGRO, aumentando o leque de opções para o investidor. “O mercado de capitais pode, por exemplo, oferecer ETFs espelhando a carteira do índice teórico de agronegócio. Isso deve aumentar o volume de negociações para as empresas do setor, facilitando o investimento nas companhias listadas”, ressalta Cruz.
Por que ficar de olho no IAGRO?
Investindo ou não no setor, é importante acompanhar o novo índice, pois o agronegócio tem se destacado e ganhado cada vez mais relevância no cenário econômico do Brasil. “A cada ano que passa, é um setor que conquista novos negócios e laços comerciais com novos países, conseguindo transparecer um controle de qualidade muito grande no que é produzido aqui. Além disso, são empresas muito bem geridas, que estão inserindo tecnologia no campo e vão conseguir apresentar resultados cada vez melhores”, ressalta Cruz.