O que atrapalha a diversificação dos seus investimentos?
A primeira vez que ouvi a expressão “névoa da guerra” foi num documentário, dirigido por Errol Morris, que oferece uma profunda reflexão sobre as complexidades da política e da guerra. O filme usa entrevistas com Robert S. McNamara, um dos principais estrategistas políticos dos Estados Unidos no século XX. Aliás, ele extrapola as lições aprendidas por McNamara ao longo de sua carreira e examina questões morais e éticas relacionadas à tomada de decisões em momentos de crise e conflito, evocando a famosa obra “Da Guerra” de Karl von Clausewitz, que definiu a “névoa da guerra” como a incerteza que envolve a tomada de decisões em situações de combate.
Com essa perspectiva enriquecedora em mente, continuemos a explorar os vieses comportamentais que obscurecem nossa visão no mundo financeiro e nos impedem diversificar os investimentos.
Um desses obstáculos é o “viés de familiaridade”. Com frequência, os investidores se apegam ao que é familiar, ignorando oportunidades de diversificação que poderiam resultar em retornos mais favoráveis.
Por que o investidor tem medo de mudar?
Além disso, a “aversão ao arrependimento” é como carregar um escudo pesado. Os investidores evitam mudanças por medo de futuros remorsos, mantendo investimentos ruins e evitando riscos calculados que são essenciais para uma carteira diversificada.
A “contabilidade mental” faz com que os investidores sofram com resultados negativos em alguns investimentos, mesmo que sua exposição a esses ativos seja mínima, levando à falta de diversificação.
Dessa forma, a “miopia do investidor” é como focar apenas na próxima colina, negligenciando o cenário geral. Investidores de curto prazo podem ignorar a importância da diversificação a longo prazo, em busca de ganhos imediatos.
Muita confiança, pouca diversificação
Por fim, o “excesso de confiança” é como um general superestimando suas habilidades. Investidores excessivamente confiantes acreditam que podem vencer o mercado sem diversificação, como se fossem invencíveis.
Como um exército de generais enredados na “névoa da guerra” dos vieses comportamentais, os investidores frequentemente enfrentam desafios na tomada de decisões financeiras.
Os investidores podem superar esses vieses por meio da educação financeira e da adoção de estratégias fundamentadas em princípios sólidos.
Desta forma, podem cortar a névoa que obscurece seu caminho e trilhar o rumo da prosperidade financeira, lembrando que, na guerra ou nas finanças, enfrentar a névoa é a chave para a vitória, mesmo quando o inimigo reside em nossa própria mente.
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