O estudo do movimento dos preços é o conceito por trás da análise gráfica. Também conhecida como análise técnica, ela é o acompanhamento de gráficos e do comportamento de um ativo. O objetivo é prever as tendências no preço do ativo com base nas oscilações. “A partir dessa análise é possível entender o movimento de preços e entender se os investidores estão otimistas ou pessimistas em relação ao investimento. Com base nisso, você monta uma operação de compra ou venda”, explica Fabio Perina, estrategista de investimentos do Itaú BBA.
Análise gráfica é para todos
Qualquer investidor pode fazer análise gráfica. Para isso, é preciso se cadastrar em uma plataforma que mostra dados e gráficos. Porém, mais importante que a ferramenta, é preciso ter conhecimento sobre o assunto. “A análise gráfica não é um bicho de sete cabeças. Em resumo, é preciso olhar para uma base de dados e interpretá-la, acompanhando o dia a dia. Se o ativo está subindo, teoricamente está em uma tendência de alta e, consequentemente, os investidores estão otimistas. Na baixa, acontece o contrário”, ressalta Fabio.
Segundo o estrategista, são em anos voláteis como 2022 que surgem oportunidades que podem ser identificadas pela análise gráfica. “O investidor que prestar atenção no mercado pode se beneficiar. Em um momento de queda, por exemplo, ele pode enxergar uma oportunidade de comprar na retomada. A escola da análise técnica é ideal para captar os movimentos.”
Por outro lado, por ser uma técnica usada no mercado de renda variável, geralmente em ações, a análise gráfica tem seus riscos. “O investidor precisa entender que vai passar por oscilações fortes. A análise gráfica ajuda justamente a monitorar o mercado. O grande perigo é não saber qual é o risco calculado e não ter a consciência de que ali você pode perder. O segredo é entrar nesse mercado com isso em mente”, ressalta Fabio.