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Quais investimentos evitar com o aumento dos juros?
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Títulos prefixados são boas opções com os juros em queda
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Quem investe em fundos imobiliários deve acompanhar a economia como um todo
Para desestimular o consumo e reduzir a inflação, o aumento da Selic é a principal ferramenta usada pelo Banco Central (BC) e sofre muitas oscilações durante os anos. Só para te lembrar, ela foi de 2% em janeiro de 2021 para 10,75% no mesmo mês em 2022, perdendo apenas para os 14,25% em 2015. Com a escalada dos juros, a rentabilidade de títulos indexados à Selic também muda. Ao investidor, resta rever a carteira para tentar não perder dinheiro – e até ganhar com um cenário que muda a todo momento.
Por que as ações de varejo caem?
O balanço mais recente do Magazine Luiza, divulgado na segunda-feira (14), mostrou uma queda de cerca de 80% de suas ações em um ano, além de somar um prejuízo de quase R$ 80 milhões. Por trás disso, entre outros fatores, está o desestímulo do consumo pela alta dos juros. As projeções para a Selic ultrapassam os 13,25% até o fim de 2022 e a perda do poder de compra da população acarretada pela inflação torna mais difícil se arriscar na compra de eletrodomésticos e outros produtos. Sendo assim, os analistas de mercado recomendam que este não é um bom momento para você se aventurar com as ações de varejo.
Títulos prefixados ainda são boas alternativas?
Um investimento de renda fixa prefixada no Tesouro Selic, por exemplo, estabelece uma porcentagem de rentabilidade determinada previamente, que não deverá ser alterada ao longo do tempo. Quem comprou títulos dessa natureza em janeiro de 2021, quando a taxa Selic estava em 2%, hoje está em desvantagem, já que poderia estar surfando na onda rumo aos 11% da taxa em 2022. O analista de investimentos Rob Correa explica que o momento certo para investir em títulos prefixados é quando a redução da Selic é iminente, uma vez que nenhuma taxa de juros fica estagnada para sempre. “Quando [a Selic] começar a cair, esse título prefixado faz o caminho inverso e acaba valorizando. Ou seja, quando a taxa de juros sobe, o investidor perde dinheiro, mas quando a taxa de juros cai, ele ganha com isso”, afirma Correa.
Fundos imobiliários: fique de olho na economia
Os fundos imobiliários de tijolos, aqueles em que o investimento é aplicado em imóveis físicos, sofrem com a pandemia de Covid-19. Shopping centers fechados, hotéis e locações corporativas se tornando mais enxutas devido ao home office, por exemplo, levaram a pior em relação aos fundos imobiliários de papel – os recebíveis imobiliários, como os CRI e as LCI. Sem lucrar, os estabelecimentos encontraram dificuldades no pagamento de taxas, aluguéis e até de dividendos, no caso dos fundos de investimentos. Portanto, se você quiser investir no ativo, acompanhe e estude a economia do país. Os rumos dados a ela devem te mostrar o que vai acontecer com o setor imobiliário.
Custos das construtoras
Em relação às construtoras, Rob Correa aponta que o encarecimento do crédito, ligado à Selic, levou à queda da venda e financiamento de imóveis. Além disso, há ainda o custo de produção do setor, que cresce de forma mais acelerada que a renda do cidadão. Portanto, o aumento dos juros empurra a vela do barco para a direção oposta a das construtoras.
Colaborou Anne Dias
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