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Quanto rende R$ 1 milhão no Tesouro Direto? Com esse investimento, já dá para parar de trabalhar?
Digamos que você tenha uma boa grana e queira saber quanto rende R$ 1 milhão no Tesouro Direto – e queira tirar o máximo desse dinheiro, com o mínimo de esforço. Vale a pena?
A renda fixa é o primeiro passo de muitos brasileiros no mundo dos investimentos. Você provavelmente já mexe com ela no seu dia a dia quando, por exemplo, deposita seu dinheiro na poupança.
Na renda fixa, sem muito risco nem muito esforço, você pode aumentar o patrimônio em cerca de 15% durante um ano. Mas há opções mais rentáveis e tão seguras quanto a caderneta. Vamos a elas.
Mas antes, vale lembrar que a Selic vem passando por quedas nas últimas reuniões do Copom. Dito isso, então, atualmente a taxa está 12,75% ao ano.
Dessa forma, para os cálculos com produtos ligados a Selic, a taxa usada foi de 9% ao ano, que é a projeção do Boletim Focus para o fim de 2024. Então, os valores que serão apresentdos nos cálculos a seguir são todos aproximados e servem como uma medida para você entender qual seria a média do rendimento em cada um dos ativos financeiros.
Por outro lado, é importante saber que estar atento às taxas futuras pode ser uma boa estratégia para médio e longo prazo, que é o mais indicado pelos especialistas quando o assunto são investimentos.
Então, vamos aos cálculos?
Quanto rende R$ 1 milhão na poupança?
Um dos títulos mais conhecido da renda fixa é a poupança. Geralmente vista como a porta de entrada dos investimentos, a caderneta passou muito tempo perdendo para a inflação acumulada.
Mas, em outubro do ano passado, pela primeira vez em dois anos, o rendimento da poupança passou a superar o do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Isso é raro de acontecer. No geral, quem tem dinheiro na poupança perde todo mês um pedaço do poder de compra.
Então, se você depositar R$ 1 milhão na caderneta de poupança, o investimento com a menor rentabilidade anual do mercado, terá um rendimento de quase R$ 90 mil em um ano.
Diluídos em 12 meses, isso dá cerca de R$ 7,2 mil por mês. Se seu custo mensal for em torno disso, já dá para sonhar com uma parada por pelo menos 1 ano.
De acordo com cálculos do economista Bruno Komura, da Ouro Preto Investimentos, que foram atualizados com a ajuda da calculadora desenvolvida por Bruno Mori, economista e sócio fundador da consultoria Sarfin, apesar de render pouco e muitas vezes perder para a inflação, a caderneta tem uma vantagem: o investidor não paga Impostos de Renda sobre o rendimento, nem qualquer tipo de taxa. E acalma os corações hiper conservadores.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é voltado para quem quer comprar títulos da dívida do Governo Federal. Uma das modalidades é o Tesouro Selic, cujo rendimento está ligado à taxa de juros básica do Brasil, a taxa Selic.
Então, se você investir R$ 1 milhão no Tesouro Selic terá rendimento bruto, ou seja, antes de ser descontar a alíquota de imposto, de quase R$ 110 mil após 1 ano.
No entanto, a tabela regressiva de Imposto de Renda sobre o Tesouro Direto é de 20% para quem investe acima de R$ 10 mil entre 180 e 365 dias. Portanto, o valor líquido do investimento é praticamente R$ 90 mil em um ano, mais ou menos. Isso é mais do que o suficiente para montar uma reserva de emergência, por exemplo.
CDB: de olho na rentabilidade
Outra popular escolha para quem procura a renda fixa, o CDB pode fazer R$ 1 milhão render cerca de R$ 8,2 mil em um ano. Para isso, você precisaria investir em um Certificado de Depósito Bancário (CDB) que renda a 100% do CDI, atrelado à taxa DI, índice ligado à curva de juros.
Descontando a alíquota de 20% para investimentos no CDB entre 180 e 365 dias, o rendimento líquido seria de aproximadamente R$ 90 mil. O patrimônio iria, então, de R$ 1 milhão para R$ 1,09 milhão.
Vale considerar que, quanto maior o rendimento de um CDB atrelado ao CDI, maior também o risco daquele crédito bancário.
Os investimentos são, todavia, protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que oferece uma proteção mínima de R$ 250 mil em caso de calote do banco aos investidores por CPF — os casos de calote são raros.
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Colaboração: Daniel Navas
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