O serviço de saúde particular é um dos itens mais caros para os brasileiros. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de cada R$ 100 reais gastos com saúde pelas famílias, R$ 70 são direcionados para as operadoras. Os números mostram a importância de escolher um plano de saúde, algo que pode não ser difícil, mas requer atenção dos consumidores aos detalhes.
O que levar em conta na hora de escolher o plano de saúde?
“A abrangência geográfica é um fator importante, mas poucos se atentam a isso”, diz Marcos Novais, superintendente executivo da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde). Este é um item que deve estar no topo da sua lista de prioridades, afinal, um plano que cobre bons hospitais, mas todos longe da casa do beneficiário pouco ajuda.
Também é importante verificar se o serviço vale para clínicas e laboratórios de sua preferência. Assim você não vai precisar mudar o local onde costuma fazer exames ou o trocar de médico.
No site da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) há um guia de planos de saúde. Lá é possível pesquisar os serviços disponíveis em sua região, o que eles oferecem e o preço de cada plano. A ferramenta tem filtros de tipo de contratação, cobertura, abrangência geográfica e tipo de acomodação.
Plano ou seguro saúde?
Quem está procurando um serviço particular de saúde precisa entender a diferença entre plano e seguro saúde. No seguro saúde, os beneficiários podem escolher os profissionais que vão atendê-lo, pagar o serviço e depois pedir reembolso à empresa. O valor do reembolso depende do plano escolhido pelo consumidor.
Já os planos de saúde trabalham com parceiros credenciados. Eles só vão arcar com os custos se o atendimento for feito por um profissional ou empresa parceira da operadora. Existem planos que oferecem o reembolso em profissionais não conveniados, mas essa opção precisa constar no contrato de prestação de serviço.
Quais são os reajustes aplicados?
Antes de contratar um plano de saúde, ainda é preciso ficar atento às regras de reajuste impostas à modalidade que você quer contratar. Conhecendo as regras você terá mais previsibilidade no orçamento e saberá quando o plano vai ficar mais caro.
Existem dois tipos de reajustes: o anual, cobrado no aniversário do contrato e com teto estabelecido pela ANS, e por mudança de faixa etária, que acontece a cada cinco anos entre os 19 e 59 anos do beneficiário. Por isso, Novais recomenda consultar a tabela de preços para todas as idades para saber de quanto será o reajuste quando você chegar na próxima faixa etária.
Para planos individuais ou familiares, contratados diretamente pelos beneficiários, o percentual máximo de reajuste é definido pela ANS. Já para os planos coletivos, aqueles em que as empresas oferecem aos funcionários, a regra varia: para grupos com até 29 beneficiários o percentual deve ser o mesmo para todos os planos nessa faixa de clientes da operadora e o índice é divulgado no site da empresa, já para grupos acima de 29 beneficiários o percentual é definido em negociação entre operadora e empresa contratante.