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Nada de cair em golpes financeiros na internet: veja dicas para evitar ciladas
Com a tecnologia cada vez mais precisa, o crescimento da inteligência artificial, e claro, o aumento no número de hackers espalhados pelo mundo, os golpes financeiros na internet vêm crescendo.
E com a crescente ocorrência de golpes financeiros no ambiente virtual brasileiro, é sempre muito importante falarmos sobre este assunto. Afinal de contas, ninguém quer entrar numa cilada dessas, não é mesmo?
Então, para te ajudar nesta empreitada, a gente buscou com especialistas dicas sobre o que fazer para não cair em golpes financeiros na internet.
Mas não para por aí, não. Nós também trouxemos alguns ensinamentos sobre como agir caso você tenha sofrido uma fraude com o seu dinheiro.
Como evitar cair em golpes financeiros na internet
E a primeira dica envolve uma palavra que deve ser seu mantra quando o assunto são transações financeiras pela internet: desconfiança. Portanto, a dica é…
Desconfie de rentabilidades acima da média
Seria incrível que um investimento rendesse 10% ao mês, não é mesmo? Mas sinto lhe informar que isto é quase impossível de acontecer. “Inclusive, podemos ligar o alerta vermelho quando um ativo financeiro estiver com promessa de rendimento de 2% acima da média do mercado”, aponta Marcos Vinicius Silva Cardoso, fundador do escritório Cardoso & Zaniboni Advogados, em São Paulo.
Não entregue seu cartão de crédito para terceiros
E isso mesmo que o cartão esteja inutilizável. Afinal de contas, os bancos não recolhem os cartões dos clientes. Desse modo, quando for descartar o objeto, é recomendado cortar o chip ao meio e jamais fornecer informações sensíveis por telefone.
“Muitas pessoas caem no chamado ‘golpe do motoboy’. Este problema acontece quando estelionatários se passam por funcionários do banco e conseguem convencer a vítima a dar seu cartão de crédito inutilizado ao portador”, explica Léo Rosenbaum, especialista em direito do consumidor e golpes digitais.
Evite realizar pagamentos na entrega do delivery
Mas, se não tiver outra alternativa, é importante conferir os valores antes de digitar a senha. Além disso, ativar o aviso de cobrança do banco por SMS também é uma medida importante nesse caso.
Isso porque, caso ocorra alguma transação logo depois de ter passado o cartão, você irá receber um alerta e já poderá entrar em contato no mesmo instante com a instituição financeira.
Não clique em links suspeitos
Antes de qualquer coisa, verifique a autenticidade dos endereços visitados na internet e busque os canais de atendimento oficiais das instituições, caso seja necessário. Além disso, é importante ter em mente que os bancos não solicitam dados cadastrais, pagamentos ou testes com Pix por meio de seus funcionários. Se isto acontecer, fuja que com certeza é um dos golpes financeiros da internet.
Fuja de cassinos online e jogos virtuais de apostas
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que jogos de azar são proibidos no Brasil. Sem contar que, muitas vezes, os golpistas deixam a vítima ganhar um pequeno valor com o intuito de atraí-la para fazer novas apostas.
“Então, por exemplo, a pessoa aposta R$ 1 mil, e aí, isso vira R$ 2 mil. A vítima tenta sacar R$ 500 e, algumas vezes, consegue realizá-lo, e isso faz o indivíduo ter um sentimento de confiança no jogo. Mas o fato é que esse saque só acontece porque o valor está abaixo do que a pessoa investiu. E aí, a vítima acaba investindo cada vez mais até perder tudo o que apostou”, esclarece Cardoso.
Caí em golpes financeiros, o que fazer?
Agora, a gente te mostra um passo a passo de como agir caso, infelizmente, o desfalque no seu bolso tenha acontecido. Confira as dicas.
Entre em contato com a instituição financeira
Veja se é possível reaver o valor perdido. Isso porque, em alguns casos, o banco pode ser responsável pela devolução. “No entanto, é importante estar ciente de que existem requisitos específicos para que isso ocorra, como comprovar o dano, a ilicitude da conduta, entre outros fatores”, aponta Rosenbaum.
O especialista conta ainda que a jurisprudência considera as instituições bancárias responsáveis na maioria dos golpes, tendo como base uma teoria de que se trata de um “fortuito interno”.
“De acordo com o código de defesa do consumidor, o banco é responsável por ter sistemas de segurança para reparar o dano em caso de sua falha. No entanto, é necessário destacar que a instituição financeira, em alguns casos, não pode ser responsabilizada se a vítima do golpe não for diligente em guardar suas senhas ou fornecer informações aos fraudadores fora dos canais oficiais de comunicação”, destaca.
Salve todos os documentos, recibos, aportes e conversas com golpista
Assim, fica mais fácil para autoridades identificarem a origem, o contato, o início do investimento do golpe e quem abordou. “Tudo isto são provas para o judiciário, além de facilitar todo o processo”, afirma o advogado.
Registre um B.O. na delegacia especializada
O Boletim de Ocorrência é outro documento de extrema importância a ser apresentado, seja para o banco, ou em alguma ação judicial contra o golpe financeiro na internet. Diversos Estados, como São Paulo, possuem as chamadas Delegacias Eletrônicas, que facilitam o processo para gerar esse registro.
Acione o Poder Judiciário
Caso haja falha na prestação de serviços ao consumidor, é possível entrar com uma ação na Justiça a fim de responsabilizar civilmente a instituição financeira por danos morais e materiais, dependendo do caso. “Para isso, é recomendável buscar profissionais especializados em direito bancário e do consumidor”, ensina Rosenbaum.
O importante, claro, é ficar sempre muito atento. Evitar qualquer tipo de transação que gere alguma desconfiança. Assim, é possível ficar livre de cair em algum golpe financeiro na internet.
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