Um levantamento da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) mostra que de cada cinco pessoas, uma já caiu em algum golpe financeiro. Pode ser uma compra online de uma loja que não existe ou até uma pirâmide financeira. Ninguém está blindado contra os criminosos, infelizmente. Os golpes acontecem de diversas formas e em várias áreas. Os criminosos aproveitam de alguma ingenuidade e da falta de informação do consumidor para aplicar fraudes financeiras.
Entre os golpes mais recentes, uma das vítimas foi uma celebridade: Sasha, filha da Xuxa. A modelo está processando a empresa Rental Coins, sob a acusação de golpe de pirâmide financeira. O prejuízo foi alto: algo como R$ 1,2 milhão de reais.
Agora, se do lado de lá, os criminosos estão cada vez mais espertos, do lado de cá, todos nós devemos ficar ainda mais atentos. Uma pesquisa da CVM feita com vítimas de golpes financeiros envolvendo investimentos aponta os principais aspectos que contribuíram para que isso acontecesse:
aparência do site que transmite confiança,
indicação de familiares ou amigos,
pequeno investimento exigido,
desconhecimento de que aquilo se trata de um golpe.
Perceber os sinais é fundamental para se proteger. Golpistas costumam ser cordiais e passar uma imagem de confiança e simpatia. O discurso quase sempre é de uma oportunidade única e rentabilidade acima do mercado. Ao mesmo tempo, passam poucas informações sobre o produto e a “instituição” financeira.
Qual é a melhor arma contra os criminosos?
Sua melhor arma é a desconfiança. Desconfie de:
discursos mirabolantes,
promessas de lucro,
descontos exorbitantes,
links que você nunca recebeu ou de desconhecidos pedindo alguns dados,
e-mails que nunca te mandaram antes,
mantenha os programas antivírus atualizados,
evite downloads automáticos,
use a autenticação de dois fatores, na qual você precisa fornecer uma segunda informação após inserir login e senha,
evite deixar o número de telefone como opção para recuperação de senhas, tanto em redes sociais quanto bancos e aplicativos de compras.
Além dos criminosos que prometem lucro fácil, rápido, garantido e muito acima da média – como deve ter acontecido no caso da Sasha – há outros tipos de falcatruas, como o phishing, termo que significa “pescaria digital”. Um fraudador rouba senhas e dados pessoais de diversos usuários, através de iscas, como links e até páginas falsas na web. Você pode até não ser a vítima, mas o criminoso usa sua lista de contatos para pedir dinheiro, se passando por você.
Mesmo se informando e tomando os cuidados, qualquer pessoa está suscetível a se tornar um alvo de criminosos do sistema financeiro. Saber como agir diante de um golpe te ajuda a minimizar os danos. O primeiro passo é entrar em contato com a instituições financeiras e informar o golpe, solicitando o bloqueio temporário de todas as contas. Redefinir as senhas de redes sociais e outros aplicativos também é fundamental. Se seu número de celular foi invadido, você deve avisar seus contatos e divulgar o alerta para que outras pessoas não cliquem em links ou sejam enganadas. Procure a delegacia de crimes cibernéticos e dê início a medidas cabíveis”, explica Caio.