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Aproveite a restituição para pagar as dívidas, recomenda especialista
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Quitar dívidas que tenham os maiores juros pode ser um bom negócio
A Receita Federal divulgou nesta segunda-feira (27) o calendário de restituição do Imposto de Renda 2023, relativo ao ano-base 2022. O prazo para a entrega da declaração do IR começa no dia 15 de março e vai até o dia 31 de maio. E, de acordo com as regras da Receita, quanto antes for feita a entrega, maior a chance de receber a restituição já nos primeiros lotes. Então, resta uma pergunta: o que fazer com a restituição? É melhor pagar uma dívida, começar a investir ou comprar aquele mimo que você está namorando há meses?
O que fazer com a restituição?
É necessário entender a particularidade de cada um e a atual situação financeira em que a pessoa se encontra. “Quitar parcelas de alguma dívida, principalmente aquelas com os maiores juros, pode ser um bom negócio”, diz Lenon Bonk Sabin, especialista em investimentos do Ailos. Lembrando que dependendo da situação, pagar à vista aumenta o poder de negociação, garantindo mais desconto.
Por outro lado, investir este recurso também é uma excelente escolha. Hoje, investimentos em renda fixa estão pagando uma rentabilidade muito atrativa, com bastante segurança e liquidez.
Dê prioridade ao pagamento das dívidas
O número de endividados no Brasil também aumentou. Segundo dados do Serasa, são mais de 70 milhões de brasileiros em situação de endividamento. “Com aumento da inflação e uma notável redução no poder de compra e de renda, a situação vem se agravando. Então, valor extra que é recebido, como o da restituição do Imposto de Renda, pode ser uma ótima alternativa para quitar essas dívidas”, afirma Lenon.
Qual dívida pagar primeiro?
Se você está com vários boletos atrasados, é necessário fazer conta para saber qual priorizar: a que tem juros mais altos ou aquela cujas parcelas são maiores. Por exemplo: duas dívidas, uma de R$1.000 com juros de 4% e outra de R$ 500 com juros de 12%. O que fazer nesse caso? Lenon nos ajuda fazendo contas:
Vamos considerar que estes juros seriam ao mês e que a pessoa levaria 6 meses para quitar uma destas dívida, sendo:
- 4% de R$ 1.000 = R$ 40 de juros ao mês. Ao final dos seis meses, R$ 1.000 viram R$ 1.240;
- 12% de R$500,00 = R$60,00 de juros ao mês. Nos mesmos seis meses, R$ 500 serão R$ 850.
Concluindo: pagando a dívida com o juro mais alto, a pessoa deixa de gastar R$ 350 no fim do período e ainda economiza R$ 110, que é a diferença das taxas de juros das duas dívidas.
Onde investir a restituição?
Lenon explica que é importante entender seu perfil de investidor, mas alerta que sempre é bom procurar por um especialista em investimentos. “Uma carteira diversificada que contemple todo planejamento financeiro, olhando o curto, médio e longo prazo, a necessidade de liquidez e os riscos são fatores que sempre devem estar na pauta. Hoje, investimentos em renda fixa fazem bastante sentido. Possuem taxas atrativas com ótima rentabilidade, sem abrir mão de segurança e liquidez”.
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