Os aumentos constantes que estão ocorrendo em diversos setores da economia acabam, claro, refletindo no bolso do trabalhador. E, dessa vez, a conta chegou para quem almoça ou janta fora de casa.
A pesquisa “Preço Médio da Refeição Fora do Lar”, da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), revelou que almoçar fora de casa custa, em média, R$ 40,64 no país. Já o trabalhador do Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, gasta, em geral, R$ 44,23 para fugir do fogão. Na capital carioca, o custo é ainda maior, de R$ 47,09.
O estudo, realizado em 51 cidades brasileiras, mais o Distrito Federal, entre fevereiro e abril de 2022 , mostra ainda que a variação de preços da alimentação fora de casa reflete a realidade econômica de cada região.
A culpa é dela: da inflação. Em abril, o município do Rio de janeiro registrou a inflação mais alta das regiões pesquisadas pelo IBGE, com 1,39% de aumento, acima do IPCA nacional de 1,06%. Os alimentos, com inflação de 2,06%, tiveram o maior impacto no índice, no mês.
A pesquisa da ABBT é feita em estabelecimentos que aceitam vale-refeição como forma de pagamento e baseada no que o Programa de Alimentação do Trabalhador considera como refeição ideal: prato principal, bebida, sobremesa e café.
“A evolução dos preços dos alimentos reforça a importância do benefício-refeição para que o trabalhador brasileiro tenha acesso a refeições de qualidade, nutritivas e equilibradas”, afirma Jessica Srour, diretora-executiva da ABBT, acrescentando que, sem ele, o trabalhador gastaria um terço de seu salário com o almoço fora de casa.
Apesar de estar acima da média nacional no quesito comer fora de casa, o município do Rio não é a capital mais cara para o trabalhador. Em São Luís, no Maranhão, gasta-se, em média, R$ 51,91. O terceiro lugar na pesquisa ficou com a capital Catarinense, Florianópolis, com R$ 46,75.