Aqui não! Prêmio Jabuti barra livros que usam inteligência artificial

Decisão acontece após CBL desclassificar livro que foi indicado no último ano e perdeu vaga por uso de IA

Leitura pode ser uma grande aliada para os investidores
Leitura pode ser uma grande aliada para os investidores

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou durante a semana o regulamento da próxima edição do Prêmio Jabuti, o mais importante da literatura brasileira. A novidade para esse ano foi a proibição de qualquer uso de inteligência artificial para a produção de livros.

A decisão acontece após uma polêmica na última edição. Indicada na categoria de ilustração, uma nova versão do clássico “Frankenstein” foi desclassificada uma vez que os jurados descobriram o uso de inteligência artificial.

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“O regulamento foi omisso [sobre a IA] no ano passado, mas nas disposições transitórias tem um item que diz: nas omissões, a curadoria toma decisão. E foi tomada aquela decisão de rejeitar aquele livro. Este ano nós colocamos no regulamento expressamente que livros feitos com o auxílio da inteligência artificial não poderão se inscrever”, disse o curador Hubert Alquéres, em entrevista coletiva.

No entanto, ele explica que a regra decorre do fato de não existir ainda uma regulamentação no Brasil sobre a questão. “A gente só vai introduzir a inteligência artificial no nosso prêmio quando isso estiver regulamentado [em] nível nacional”, acrescentou.

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Inscrições para o Prêmio Jabuti

Os interessados podem se inscrever até 13 de junho, pelo site da premiação. Assim, a edição deste ano, com entrega dos prêmios em novembro, terá quatro novas categorias: Escritor Estreante – Poesia; Saúde e Bem-estar; Educação; e Negócios.

Elas substituem as categorias Ciências, Ciências Humanas e Ciências Sociais, que ficarão no Prêmio Jabuti Acadêmico, que começa este ano e tem previsão para agosto. Além da escolha do Livro do Ano, esta 66ª edição da premiação conta com 22 categorias, uma a mais do que no ano passado, divididas em quatro eixos: Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação.

O vencedor da categoria Livro do Ano, além de ganhar a estatueta dourada, receberá o valor de R$ 70 mil e uma viagem para a próxima Feira do Livro de Frankfurt, com uma agenda especial elaborada pela CBL para reuniões com editores, agentes literários e outros escritores do mundo todo. As demais premiações são de R$ 5 mil para o autor em cada categoria.

A presidente da Câmara Brasileira do Livro, Sevani Matos, ressaltou a importância da participação dos autores e obras em feiras internacionais, como a de Frankfurt. O projeto Brazilian Publishers, da CBL, com apoio da Apex e do Ministério das Relações Exteriores, participa de sete feiras internacionais todos os anos. O projeto leva editoras e autores para que possam mostrar seus livros e divulgar seu conteúdo nas feiras.

Com informações da Agência Brasil

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