Títulos públicos têm novos vencimentos; resgates vão até 2033
Tanto nos papéis prefixados como os indexados ao IPCA, vale a mesma regra: quanto maior a taxa, menor o preço
Os papéis do Tesouro Direto começaram a ser negociados com uma novidade nesta segunda-feira (21): novos vencimentos substituíram os títulos que estavam sendo operados até a sessão de sexta-feira passada. Os investidores agora têm Tesouro Prefixado 2025, Tesouro Prefixado 2029 e Tesouro Prefixado 2033 mais pagamento de juros semestrais.
No Tesouro Selic, mais uma mudança: o prazo mais curto é o papel com vencimento em 2025, não mais 2024. Já os atrelados à inflação receberam o papel com vencimento em 2032, mais pagamento de juros semestrais, no lugar do título com vencimento em 2030.
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O desempenho das taxas acompanham as Bolsas globais por causa do feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos e a tensão entre Rússia e Ucrânia. No Brasil, o destaque está na revisão para cima das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentada hoje pelo Relatório Focus.
A expectativa do mercado para a inflação medida pelo IPCA em 2022 aumentou de 5,50% para 5,56%. Essa já é a sexta semana de aumento consecutivo na projeção. A expectativa para a inflação em 2023 se manteve em 3,50%, assim como na semana passada.
Com isso, por volta das 12h, o Tesouro Prefixado 2033, mais juros semestrais, operavam oferecendo 11,66% ao ano, o maior valor entre o tipo de papel nesta segunda. O estreante, com vencimento em 2025, 11,43% ao ano no mesmo horário.
Títulos indexados à inflação
Entre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2035 e 2045 que oferecem juros reais de 5,72% ao ano, bem acima dos 5,63% do último fechamento, batem recorde com esse valor.
Os títulos IPCA+ com vencimento em 2040 e 2055, mais juros semestrais, que pagavam 5,70% e 5,72% ao ano, também às 12h, se aproximam das taxas históricas de 5,71% e 5,74% ao ano, respectivamente.
Taxa X preço
Vale lembrar que tanto nos papéis prefixados como naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento —, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica perda temporária para quem possui os títulos na carteira.
Com reportagem do Valor Investe