BC: Pix Automático vai corrigir falha de mercado nos pagamentos recorrentes

Recurso, previsto para junho de 2025, funcionará de maneira semelhante ao débito automático e permitirá, por exemplo, pagamentos de planos de saúde e contas de luz e água

O chefe adjunto do departamento de competição e de estrutura do mercado financeiro do Banco Central (BC), Breno Lobo, disse há pouco que o Pix Automático vem para corrigir uma falha de mercado existente hoje nos pagamentos recorrentes.

O recurso, previsto para ser lançado em junho de 2025, funcionará de maneira semelhante ao débito automático e permitirá, por exemplo, pagamentos de contas de luz, água, mensalidades de academias e planos de saúde.

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Lobo afirmou que o débito automático ainda é uma opção muito restrita aos principais bancos e às grandes empresas. “Temos relatos de várias empresas que tentaram colocar a função, mas não conseguiram”, afirmou. O cartão de crédito, por sua vez, funciona como uma boa opção de pagamento para alguns segmentos, como de streaming, mas não está disponível de forma ampla para a baixa renda, por exemplo, acrescentou.

“Vimos que existia essa falha no mercado de pagamentos recorrentes e decidimos usar a estrutura do Pix para trazer benefício para clientes, empresas e para os próprios serviços de pagamentos”, disse em evento promovido pela Associação Brasileira de Bancos (ABBC). “Qualquer um dos 850 participantes do Pix poderá ofertar o recurso se quiser.”

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O Pix Automático seria lançado em 28 de outubro deste ano, mas, no mês passado, o BC adiou a vigência para 16 de junho de 2025.

Agenda futura

Sem citar datas, Lobo afirmou que o BC trabalha para ligar o sistema de pagamento instantâneo brasileiro com o de outros países e viabilizar o Pix Internacional. De acordo com ele, isso deve ficar disponível “em alguns anos”. Ele destacou que, enquanto isso, surgem iniciativas de mercado que já estão permitindo pagamentos com Pix em alguns países, como Argentina e Estados Unidos.

Em relação ao Pix Garantido, ele afirmou que o BC observa as diferentes formas de parcelamento via Pix que já surgiram no mercado e avalia se será necessária alguma padronização específica.

O regulador, acrescentou, também avalia a implementação de uma espécie de débito direto autorizado (DDA) no Pix – como existe para os boletos – e a utilização da estrutura do sistema de pagamento instantâneo para registrar o fluxo de informações quando há mudança de titularidade do beneficiário de uma duplicata escritural.

Presente no mesmo painel, Gabriel Cohen, responsável pela área de regulação financeira da Stone, disse ainda ver potencial de, no futuro, o Pix ser usado como garantia de operações de crédito, assim como ocorre hoje com os recebíveis de cartões.

Com informações do Valor Econômico

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