Classe média vai brigar por dinheiro do financiamento imobiliário em 2025

A busca da classe média por dinheiro para financiar imóveis deve ficar mais apertada ao longo de 2025. Isso é o que prevê o Itaú BBA, após ouvir seis das maiores construtoras residenciais não listadas com foco no segmento.

Em linhas gerais, Diálogo, Patrimar, Exto, YOU Inc, Tegra e One apontam que os clientes estão disputando por uma oferta mais escassa de crédito, invertendo a tendência anterior em que os bancos competiam por eles.

O relatório do BBA é assinado por Daniel Gasparete e equipe.

Quem terá prioridade na hora de financiar imóveis?

Então, o grupo de construtoras menciona que o ano começou com incertezas, embora as vendas sigam sólidas por enquanto.

“A procura continua inexplicavelmente elevada”, anota o banco.

A Diálogo, por exemplo, destaca que, apesar das taxas de juros mais altas, as pessoas seguem buscando financiamento.

Porém, o sentimento das construtoras ainda é de cautela em relação aos lançamentos. As empresas estão dispostas a manter o ritmo, mesmo com os bancos sendo mais criteriosos na hora de liberar dinheiro.

“Os bancos provavelmente concentrarão o financiamento em clientes que compram unidades de um projeto financiado por eles”, afirmou o Itaú BBA com base na sondagem.

Preço de lançamentos deve aumentar

Outro recado das construtoras é que os preços (de lançamentos) devem aumentar para proteger as margens das empresas.

Isso porque o custo do dinheiro no mercado para financiar projetos aumentou. com bancos buscando mais recursos no mercado, já que o dinheiro da poupança (mais barata) está no limite.

Dessa forma, as companhias precisam explorar alternativas de financiamento no setor privado.

“Os mercados de capitais poderão tornar-se mais relevantes”, sinaliza o BBA.

Mais uma opção foi apresentada pela Exto, que adquiriu terrenos em parceria com dois fundos.

Isso vem sendo uma saída já que, além do aumento do juros, as construtoras também estão enfrentando preços mais altos de terrenos em regiões mais demandadas.

Sobretudo em áreas procuradas de São Paulo, com os proprietários exigindo mais pagamentos em dinheiro.

“Assim, os preços dos lançamentos em 2025 serão superiores aos dos projetos lançados em 2024”, afirmou o Itaú BBA.