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Herdeiro da Hermès diz ter perdido R$ 73 bilhões: como funciona a gestão de grandes fortunas?
Nesta semana, o herdeiro da Hermès e de uma das maiores fortunas do mundo afirmou ter perdido quase todo seu dinheiro. Nicolas Puech, da 5ª geração da Hermès, alegou ter perdido 6 milhões de ações que tinha da marca de luxo. Esses papéis valem cerca de €12 bilhões, ou R$ 73 bilhões.
Mas a polêmica não acaba aí. O bilionário entrou com processos contra seu antigo gestor de patrimônio, Eric Freymond, antes mesmo de anunciar essa perda de fortuna. Nicolas acusa Freymond de fazer uma má administração do seu dinheiro e ter participação nessa perda. Antes disso, no ano passado, o bilionário ganhou as manchetes afirmando que deixaria toda sua fortuna para o jardineiro.
De acordo com a Bloomberg, o tribunal suíço rejeitou as alegações do herdeiro da Hermès no início deste mês, afirmando que a suposta fraude era “indetectável”. Já o veículo suíço Tribune de Genève afirmou em reportagem que as ações foram depositadas em um banco de Genebra em 2012. No entanto, não está claro onde estão agora.
Em um comunicado enviado ao Business Insider, os advogados de Peuch, Grégoire Mangeat e Fanny Margairaz, disseram que estavam “estudando o processo criminal em detalhes”.
Do outro lado da história, Stéphane Grodecki , advogado de Freymond, afirmou que o gestor “está chocado com a acusação de seu antigo cliente” e que nunca lidou com as ações mencionadas.
Como funciona a gestão de grandes fortunas?
Gustavo Faria, gestor de Recursos CGA do Grupo Fractal, explica que a gestão de grandes fortunas, como a do herdeiro da Hermès, acontece de forma personalizada e em etapas. “O planejamento financeiro patrimonial é a base desse trabalho. Nele, há uma coleta de dados da vida financeira como um todo, com soluções que vão muito além da gestão de investimentos financeiros. A gestão abrange também áreas como gestão de riscos, planejamento tributário/eficiência fiscal, sucessão patrimonial e até mesmo aspectos de gestão financeira pessoal.”
É na própria coleta inicial de dados que o gestor reúne informações como ativos financeiros e não financeiros do cliente.
Como exemplo estão imóveis para aluguel ou venda, se possui empresa, se tem algum tipo de seguro ou estruturas de sucessão como holding e também quais são os planos de curto, médio e longo prazo.
De acordo com Gustavo, a gestão de grandes fortunas vai além do simples acúmulo de riquezas.
“Trata-se de construir um legado, proteger um patrimônio e garantir que ele perdure por gerações. Para que seja feito um trabalho completo de planejamento financeiro patrimonial, é importante consultar um profissional da área para que ele o oriente da melhor forma possível, pois dessa maneira famílias que possuem grandes fortunas, conseguem perpetuar o patrimônio por muitas gerações”.
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