O papel deu lugar ao Pix: como pais estão usando a mesada digital na educação dos filhos
Pesquisa mostra que 6 em cada 10 pais usam meios digitais para a mesada dos filhos; entenda como falar sobre o tema desde cedo
A digitalização e a chegada de novas ferramentas e tecnologias estão transformando a forma como pais e mães ensinam às crianças sobre finanças pessoais. É o que mostra uma pesquisa recente feita pelo PicPay. De acordo com o levantamento, 60% dos pais utilizam meios digitais para dar mesada aos filhos. Isso inclui transferências bancárias via Pix e cartões substituindo, cada vez mais, as tradicionais cédulas de papel.
“Em vez do clássico ‘Mãe, me dá um dinheiro’, a nova realidade é ‘Mãe, me faz um Pix'”, aponta Pedro Romero, diretor de serviços financeiros para pessoa física do PicPay. “A digitalização traz uma oportunidade única para educar financeiramente as crianças desde cedo. Mas, assim como em jogos de videogame e redes sociais, o acompanhamento dos pais é fundamental para garantir que essas experiências sejam seguras”, afirma.
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Por aqui, falamos sobre como escolher a melhor conta corrente para crianças.
As ferramentas mais usadas para a mesada
De acordo com a pesquisa do PicPay, 47% dos pais e mães agora dão mesada por transferências, como o Pix, e 11% o fazem via cartão. Ainda assim, 41% continuam optando pelo dinheiro em papel. Essa mudança é impulsionada, em parte, pelo fato de que lidar com dinheiro, cartões e aplicativos de banco tornou-se uma realidade para muitas crianças e adolescentes. Quase metade delas (44%) já tem sua própria conta para receber e fazer transações financeiras.
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Pedro Romero ressalta que, embora a moeda física tenha um papel lúdico e seja parte da infância, a mesada em conta ou cartão ajuda as crianças a entenderem e se familiarizarem com a dinâmica do dia a dia. Segundo o executivo, o cofrinho físico ainda é um símbolo importante para os mais novos, mas, a partir do momento em que começam a entender como o dinheiro funciona, é possível introduzir um cartão ou uma conta bancária junto com a mesada.
“As crianças aprendem rápido e adoram imitar os pais. Muitas já querem encostar o cartão ou até mesmo o celular na maquininha e apertar o botão para sentir que podem fazer pagamentos. Elas quase não veem os pais usando dinheiro físico nas compras do dia a dia, então ensinar com os meios digitais é um processo natural”, conta o executivo. Por aqui, te mostramos 10 dicas para falar sobre educação financeira com os filhos.
Alfabetização financeira desde cedo
A introdução da mesada começa em idades variadas: 39% das crianças começam a receber entre 7 e 12 anos. Antes disso, 37% ganharam seu primeiro cofrinho antes dos 3 anos, e a maioria até os 7 anos. Com a chegada da adolescência, o interesse por contas bancárias cresce: 53% dos adolescentes abriram sua primeira conta depois dos 13 anos.
Embora a preferência por meios digitais esteja em ascensão, o dinheiro em papel ainda faz parte do dia a dia de muitos lares. De acordo com o estudo, 48% dos pais/mães ainda dão dinheiro em papel, e 42% dos filhos ainda têm um cofrinho físico.
Para o executivo, a alfabetização financeira desde cedo é crucial para garantir que os jovens façam escolhas financeiras responsáveis e aprendam a gerenciar seu próprio dinheiro. “Ao educar financeiramente as crianças, os pais têm a oportunidade de guiá-las para um futuro de boas decisões financeiras, ajudando-as a estabelecer compromissos desde cedo e a entender a responsabilidade que vem com o gerenciamento do próprio dinheiro”, enfatiza.