Seguro de carro deve ficar quase 10% mais caro, projeta Warren Rena

Entre outros fatores, o aumento estimado deve ocorrer na esteira das enchentes no Rio Grande do Sul

Linha de produção de carros da Fiat no Brasil. Indústria automotiva está entre os principais motores da economia. Foto: Washington Alves/Reuters
Linha de produção de carros da Fiat no Brasil. Indústria automotiva está entre os principais motores da economia. Foto: Washington Alves/Reuters

A alta de 4,62% nos preços dos seguros de veículos na prévia da inflação de julho pegou economistas de surpresa. E pode ter um efeito mais duradouro sobre o índice geral de preços, na avaliação dos analistas da Warren Rena.

“Como o IBGE pesquisa a contratação de seguro novo, entendemos que as principais corretoras pesquisadas em cada área do país, mensalmente, possam estar refletindo o efeito das enchentes do Rio Grande do Sul, com aumento da sinistralidade”, dizem, em comentário, Andréa Angelo, Guilherme Gomes e Viniccius Valentim.

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“Nesse sentido, avaliamos que o efeito altista pode ter duração mais permanente na inflação que o esperado anteriormente, após essa mudança relevante de nível de preços”, afirmam.

Para o ano, eles estimam que os preços do seguro de veículos no IPCA terão alta de 9,8%, após registrarem deflação de 7% em 2023.

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Destaques do IPCA-15

Por outro lado, alimentação in natura e leites e derivados trouxeram deflação mais forte que o esperado na prévia de julho, dizem os analistas. Os alimentos no domicílio, particularmente, caíram 0,7%, após acumularem alta de 6,33% no primeiro semestre do ano, observam.

“Em especial, os alimentos in natura apresentaram deflação de 5,57%, iniciando um movimento de devolução da inflação de mais de 22% nos últimos seis meses. E a nossa expectativa é que essa alteração de rota, de desaceleração, permaneça até outubro e, com isso, esses alimentos voláteis encerrem o ano em torno de 10%”, afirmam.

Em termos “qualitativos”, eles destacam que, na prévia da inflação de julho, os serviços subjacentes (mais ligados ao ciclo econômico) apresentaram a pior leitura em quatro meses ao subirem 0,58%.

“Esse movimento de reaceleração do grupo é esperado por nós e temos chamado bastante a atenção. Hoje, entendemos que esse grupo está mais próximo de encerrar o ano acima de 6%, vindo de 4,8% em 2023”, dizem.

O IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, avançou 0,3% em julho, acima da expectativa mediana de 0,23% colhida pelo Valor Data e da estimativa de 0,2% da Warren Rena.

Para o IPCA fechado do mês, a Warren Rena elevou sua previsão de 0,25% para 0,31%, por causa dos itens que repetem do IPCA-15 para o cheio, exatamente como é o caso de passagens aéreas e de seguro de veículos.

Com informações do Valor Econômico

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