Imóveis de um dormitório têm preço em alta e metro quadrado mais caro do mercado

Localização privilegiada dos estúdios e crédito imobiliário mais caro pressionam a demanda pelos imóveis de um dormitório

Prédio em construção, São Paulo. Foto: Fabrizio Toniolo/Inteligência Financeira
Prédio em construção, São Paulo. Foto: Fabrizio Toniolo/Inteligência Financeira

Os preços de venda de imóveis residenciais ficaram 0,68% mais caros em fevereiro, de acordo com dados do Índice FipeZap divulgados nesta sexta-feira (7). O número representa aceleração em relação a janeiro, quando a alta foi de 0,59%.

O destaque fica para os imóveis de 1 dormitório, que puxaram para cima os preços. Apenas entre esse perfil de imóvel as vendas ficaram 0,71% mais caras em fevereiro, acumulando alta de 9,44% em 12 meses.

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Para efeito de comparação, os imóveis de 4 ou mais dormitórios ficaram 0,43% mais caros em fevereiro, acumulando reajuste de 6,15% no último ano.

De acordo com a DataZap, o preço por metro quadrado dos imóveis de 1 dormitório está em R$ 10.954, na média. Em um imóvel de 2 dormitórios, por exemplo, esse valor é de R$ 8.236, quase 25% a menos por metro quadrado na venda de um imóvel.

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Perfil de imóvelValorização
em fevereiro
Valorização
em 2025
Valorização
em 12 meses
Preço médio por metro quadrado
1 dormitório0,78%1,50%9,44%R$ 10.954
2 dormitórios0,71%1,38%7,79%R$ 8.236
Média geral0,68%1,27%8,17%R$ 9.130
3 dormitórios0,61%1,04%8,25%R$ 8.744
4 ou mais dormitórios0,43%0,89%6,15%R$ 10.007
Fonte: Índice FipeZap de Venda Residencial

Por que imóveis de um dormitório estão caros?

Paula Reis, economista do DataZap, analisou a pedido da Inteligência Financeira as causas que levam imóveis de um dormitório terem o metro quadrado mais caro. E, ainda, o que está encarecendo mais do que outros tipos.

Na visão da especialista, isso ocorre como resultado de um processo histórico, com construtoras priorizando construções de até 45m² em áreas nobres. Dessa maneira, priorizando empreendimentos próximos ao centro das grandes cidades. E em regiões adensadas.

“Embora tenham um custo total mais acessível, esses imóveis têm um preço por metro quadrado mais alto devido à localização em bairros com mais infraestrutura de transportes, serviços e comércio”, explica a economista.

Já a alta maior na comparação com outros tipos de imóveis tem relação, avalia Reis, com o momento econômico atual. Diante da Selic em alta e do crédito imobiliário mais caro, a demanda se concentra nos imóveis menores e pressiona os preços.

“Pode-se esperar que apartamentos de um quarto sofram reajustes maiores relativamente aos apartamentos com mais dormitórios. Com o aumento de custo do crédito imobiliário, com parcelas e entrada maiores, residências menores são mais factíveis de serem adquiridas”, argumenta.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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