Como pagar menos Imposto de Renda em 2024? Veja 10 formas dentro da lei
Entenda como escolher o melhor modelo de declaração para cada contribuinte
Quer saber como pagar menos Imposto de Renda em 2024? O primeiro passo é escolher o modelo de declaração adequado. O programa do Imposto de Renda oferece duas opções de tributação para o contribuinte:
- o modelo completo, também chamado das deduções legais;
- o modelo simplificado.
Para saber qual dos dois escolher, a dica do advogado Carlos Cláudio Figueira de Melo, sócio do escritório Choaib, Paiva e Justo Advogados é a seguinte: observe se ao longo de 2023 você e seus dependentes tiveram muitas despesas passíveis de serem deduzidas da base de cálculo do IR, como gastos com saúde ou educação, por exemplo.
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“Se isso ocorreu, é provável que o melhor modelo para pagar menos imposto seja a declaração completa. Mas se as despesas dedutíveis forem poucas, a situação se inverte. Se o contribuinte tiver poucas ou nenhuma despesa dedutível, a declaração simplificada provavelmente será melhor. “Isso porque a declaração simplificada oferece um desconto fixo e automático na base de cálculo da tributação de 20% dos rendimentos tributáveis, limitado a R$ 16.754,34″, completa Melo.
Como escolher o melhor modelo de declaração
Para tirar a prova, contudo, a solução é declarar todas as despesas e receitas no programa do Imposto de Renda e o quadro Opções de Tributação, que no próprio programa do IR. Assim que preencher a declaração toda, o próprio programa já informa por qual modelo o contribuinte paga menos imposto ou recebe mais restituição.
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Veja 10 formas legais para pagar menos Imposto de Renda em 2024
A Receita permite algumas formas de pagar menos Imposto de Renda na declaração. Se declarar pelo modelo completo, poderá deduzir:
1. Despesas com saúde
A Receita permite a dedução integral, sem limites, de todos os gastos relacionados à saúde com médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, hospitais, planos de saúde e outros, desde que possam ser comprovados. Guarde por 5 anos os comprovantes.
2. Despesas com educação
Também podem ser deduzidos do IR os gastos com educação infantil, ensino fundamental, médio e superior, cursos técnicos e profissionalizantes que o contribuinte tenha feito consigo ou com seus dependentes. Mas, nesse caso, há um limite de R$ 3.561,50 por pessoa.
3. Contribuições à previdência oficial e planos de previdência privada
É possível deduzir integralmente as contribuições com Previdência Social (pelo regime geral). Além disso, quem declarar pelo modelo completo e pensa em fazer um plano de previdência privada pode escolher o tipo PGBL para abater até 12% do valor final da sua renda bruta para o cálculo do IR. Por exemplo, se sua renda anual foi de R$ 100 mil, você poderá deduzir até R$ 12 mil.
O mesmo não vale para quem declara pelo modelo simplificado. Nesse caso, é melhor optar por uma previdência privada do tipo VGBL. Esse tipo de previdência não permite a dedução de 12% dos rendimentos tributáveis, pois é considerada um tipo de investimento na declaração do IR. Porém, a vantagem do VGBL é que apenas os rendimentos da previdência pagam imposto em caso de resgate. No caso do PGBL, o IR incide sobre o montante da aplicação, e não apenas sobre os rendimentos.
4. Pagamentos de pensão alimentícia
Os valores pagos à pensão alimentícia podem ser deduzidos integralmente do seu IRPF 2024, se forem determinados por decisão judicial ou acordo homologado. Por outro lado, os valores pagos por vontade própria ou por generosidade não podem ser deduzidos.
5. Despesas com livro-caixa
Os profissionais autônomos podem deduzir integralmente as despesas que são essenciais para o seu trabalho, tais como aluguel, luz, telefone, material de escritório, entre outros. Para isso, será preciso anotar as despesas em no livro-caixa.
6. Doações
As doações feitas a entidades beneficentes, culturais, educacionais, esportivas, entre outros, que se enquadrem nos incentivos fiscais previstos na legislação, permitem dedução de até 9% do IR. É preciso guardar os recibos e informar o CNPJ da entidade beneficiada.
7. Prejuízos com ações
Quem investe em ações e teve perdas pode usar o prejuízo com a venda de ações para pagar menos imposto sobre os lucros das operações futuras. Você pode usar o prejuízo na venda de ações para pagar menos imposto nos lucros de operações futuras.
O prejuízo pode ser usado em qualquer mês, mas não pode ser maior que o lucro, e pode ser guardado sem prazo. Dessa forma, deve declarar o prejuízo e fazer o cálculo do imposto todo mês.
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8. Taxas de corretagem
Os gastos com taxas de corretagem com a bolsa de valores durante o ano podem ser abatidos. Na compra e venda de ações, por exemplo, a taxa é descontada do valor final da operação. Por isso, é importante que você guarde todas as notas de corretagem durante o ano.
9. Gastos com reforma da casa
Os gastos com as reformas na sua casa é outro item que pode ser deduzido. Guarde todas as notas com obras, ampliação e encanamento. Lembre-se, depois de guardar todas as notas por cinco anos. Os gastos são dedutíveis porque a diferença na valorização do imóvel, entre o preço pago e o atualizado, serão cobrados impostos sobre ela, eventualmente, em uma venda futura.
10. Incluir dependentes sempre vai diminuir o imposto a pagar?
Não, nem sempre. Aliás, se o dependente tiver rendimentos tributáveis, é mais provável que o titular fique com menos imposto a restituir ou até mais imposto a pagar.
Entenda como isso acontece.
A Receita permite deduzir até R$ 2.275,08 por dependente, desde que ele se enquadre nas condições da Receita Federal, como cônjuge, filhos, pais, irmãos, entre outros. . Para incluir o dependente, é preciso incluir também seu CPF.
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Ao incluir um dependente, porém, além de deduzir as despesas, também será necessário incluir seus bens, direitos e, claro, seus rendimentos. E isso pode fazer com que, em vez de pagar menos IR, você acabe pagando mais.
Então, como decidir se vale a pena incluir um dependente?
A dica do ex-auditor fiscal Valter Koppe é fazer uma operação matemática. Se a soma das deduções com o dependente for maior do que o rendimento tributável que ele traz para a declaração, vale a pena incluir. Senão, não vale. Vamos supor que o dependente teve um rendimento tributável de R$ 40 mil no ano, mas teve despesas médicas e despesas de instrução no valor de R$ 20 mil. Nesse caso, não valeria a pena incluir o dependente.
Vale a pena declarar em conjunto?
Da mesma forma, nem sempre vale a pena fazer a declaração em conjunto para pagar menos imposto.
Alguns casais têm o hábito de fazer a declaração do IR de forma conjunta por parecer mais prática. Mas quando você coloca na ponta da caneta, é preciso avaliar caso a caso.
De maneira geral, a conjunta é mais vantajosa quando um dos dois tem pouca ou nenhuma renda tributável, ou quando há muitas despesas dedutíveis. A declaração em separado funciona melhor quando ambos têm renda tributável ou quando há poucas despesas dedutíveis.
Para saber qual é a melhor, o ideal é fazer uma simulação das duas formas. Faça a declaração colocando o cônjuge como dependente e veja quanto terá de imposto a restituir ou a pagar. Depois, retire o cônjuge da declaração e veja novamente quanto terá de IR a pagar ou a restituir.
Ainda tem dúvidas sobre como declarar o Imposto de Renda 2024? Mande sua pergunta e tenha a chance de ver a resposta publicada na Inteligência Financeira. Fale conosco por aqui.