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6 mentiras sobre investimentos que as pessoas seguem – livre-se delas
O mundo dos investimentos está cheio de conselhos. Hoje em dia, qualquer pessoa pode compartilhar ‘dicas de investimento’ com o público. Um único tweet, postagem no Facebook, artigo no LinkedIn ou vídeo do YouTube pode trazer as melhores práticas para investir e ficar rico.
No entanto, o mais comum é encontrar estratégias amadoras e promessas milagrosas de ganhos elevados no curto prazo. Alguns desses equívocos são ingênuos. Outros, são perigosos e podem levar a grandes prejuízos financeiros.
Fique atento ao ouvir qualquer uma dessas mentiras sobre investimentos.
É preciso de muito dinheiro extra para começar a investir
Esta é uma grande farsa. Você pode começar comprando frações de ações ou encontrar fundos de investimentos a partir de R$ 1.
Você provavelmente não ficará rico rapidamente investindo, principalmente se começar com R$1. No entanto, investir é uma maneira confiável de aumentar seu patrimônio. E, certamente, é uma maneira muito mais rápida do que deixar o dinheiro parado na poupança.
Apesar dos dias e meses de queda, os mercados continuam crescendo no longo prazo. O tempo no mundo dos investimentos, joga a seu favor. O segredo é investir com disciplina.
Não se preocupe com a aposentadoria – ou, você é muito jovem para investir
Um dado triste: um em cada 10 brasileiros investe ou já investiu na Bolsa. Se existe um consenso entre os especialistas em finanças pessoais e analistas de investimentos é esse: investir jovem não é apenas inteligente, mas um movimento crucial se você espera se aposentar com renda – ou se aposentar cedo, para se dedicar a uma atividade que ama ou a um hobby.
Ao começar cedo, você pode se preparar para a vida – e com muito menos esforço de sua parte. Então, por que esperar?
Você não deve investir se estiver endividado
Enquanto muitas pessoas começam a poupar para a aposentadoria no momento em que conseguem o primeiro emprego, outras adiam até conseguirem pagar suas dívidas.
Como a dívida é tão comum – e muitas pessoas passam décadas pagando dívidas de empréstimos estudantis ou da compra de imóvel – isso pode ser um grande erro com consequências caras.
Quanto mais você adiar o investimento para a aposentadoria, menos tempo seu dinheiro terá para crescer.
Investir é um ato egoísta
Aqui está uma “fala” muito estranha que vez ou outra ainda se ouve. Com a “ganância do 1%” constantemente nas notícias, você está destinado a encontrar pessoas que dizem que investir é “egoísta” em algum momento de sua vida. Por quê?
Porque investir seu dinheiro significa privar aqueles que precisam de sua ajuda de seu dinheiro, não dar o melhor a seus filhos ou não apoiar instituições de caridade ao máximo – pelo menos, aos olhos de quem defende este argumento.
Poupar para uma aposentadoria estável é uma das coisas mais altruístas que você pode fazer com seu dinheiro. Pois isso significa não se tornar dependente, na fase final da vida, do sistema público (INSS, médico etc), consumindo dinheiro do Estado, que deve ser direcionado aos mais necessitados.
Sua casa é o seu maior investimento
A maioria das pessoas acredita que a casa própria é a melhor coisa desde o pão fatiado. Quem acredita neste mantra enxerga a casa própria como um investimento significativo. No entanto, sua casa não é um investimento. É simplesmente onde você mora.
As pessoas são rápidas em mencionar como compraram sua casa por um preço e a venderam por outro preço. Muitos proprietários não contabilizam os custos de manutenção. Se o telhado precisar de uma atualização, essa despesa afeta sua lucratividade. Se você exagerar nos cosméticos (pequenas reformas que não agregam valor ao imóvel), acabará facilmente com uma perda líquida.
O dinheiro também continua a perder valor a cada ano devido à inflação. A quantia de R$ 1 milhão em 1980 era muito diferente de R$ 1 milhão hoje. É possível obter algum lucro com o imóvel ou até empatar, mas a maioria dos proprietários não faz muito mais do que isso.
Todo o seu dinheiro está vinculado a uma propriedade que não rende muito. É por isso que alguns empresários alugam em vez de comprar uma casa. Todo esse dinheiro extra pode ir para o seu negócio ou portfólio de investimentos… e você evita o custo de reparos caros.
A casa própria lhe dá mais controle sobre sua propriedade e você não pode ser expulso a menos que se mude de bom grado. No entanto, não chame isso de investimento. Se você comprar um imóvel considerando alugar via Airbnb, a história é outra.
Diversifique sua carteira de ações – e fique tranquilo!
Este conselho é mais uma meia verdade. Você não quer que todo o seu dinheiro seja colocado em uma única ação. Essa estratégia vai impedir você de dormir à noite, especialmente no atual cenário de altíssima volatilidade dos mercados.
Ao mesmo tempo, diversificar seu portfólio não significa comprar ações de todos os setores para dar conta de todos os cenários de mercado.
Ao investir seu dinheiro, mais do que olhar para as possibilidades de valorização dos ativos, também é imprescindível se proteger de possíveis riscos associados. É para isso que serve a diversificação do portfólio: construir uma carteira que seja capaz de trazer o maior retorno correndo o menor risco.
Veja três dicas para diversificar seu portfólio e diminuir a exposição ao risco.
Diversificar entre classes de ativos
Assim, você garante que seus ativos estejam mais dispersos e, consequentemente, expostos a riscos diferentes, o que minimiza a possibilidade de grandes variações afetarem seu patrimônio. Por exemplo, alocar uma parcela em renda fixa, uma parcela em renda variável, outra em fundos de investimento, previdência, entre outros.
Vale lembrar que é importante sempre respeitar seu perfil de investidor antes de fazer qualquer alocação.
Diversificar entre opções de ativos
A segunda forma de se proteger contra os riscos é diversificando entre ativos da mesma classe. Na renda variável, por exemplo, é possível comprar ações de diferentes setores da economia, além de empresas de diferentes portes, para garantir que a volatilidade do mercado não afete todas as opções compradas.
Já quando se trata de renda fixa, é possível variar entre títulos pré e pós-fixados e também entre as taxas associadas, como IPCA, CDI, Selic etc.
Gestão de risco
É importante “criar um olho forte” para a gestão de risco dentro dos investimentos. Isto é, ter visão não apenas da rentabilidade e do retorno que os investimentos podem gerar, mas da volatilidade e das perdas que precisam ser evitadas. A gestão de risco é tão estratégica quanto a gestão de investimentos quando se quer construir riqueza.
Você pode dizer a si mesmo o que quiser, mas o fato é que provavelmente viverá por muito tempo. Outro fato: se você não economizar para a aposentadoria, provavelmente viverá as últimas décadas pobre, com ajuda do governo ou lutando para trabalhar meio período. Portanto, pare de acreditar em meias verdades, e cuide você mesmo do seu dinheiro. E, claro, procure sempre a ajuda de um profissional certificado.
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