Quer começar a investir na Bolsa? Com este guia, você pode virar acionista ainda hoje

A Inteligência Financeira te mostra o caminho para você ter mais segurança para entrar no mercado acionário

- Ilustração: Marcelo Andreguetti
- Ilustração: Marcelo Andreguetti

Bolsa de Valores é para aqueles que gostam de arriscar, ainda que seja pouca coisa. As ações que estão em alta de manhã podem cair à tarde ou até ficar mais caras às 16h30. É preciso ter sangue frio e, preferencialmente, pensar no longo prazo. Outro ponto importante é ver o mercado acionário como um motivo a mais para você diversificar sua carteira e, assim, não depender apenas da renda fixa, por exemplo. E então? Quer começar a investir na Bolsa de Valores e ainda não sabe como? Preparamos um guia bem objetivo com os seis primeiros passos que você deve dar para começar a comprar ações. Vamos a eles: 

1. Abra uma conta em uma corretora

Antes de qualquer coisa, é preciso que você escolha uma corretora de sua confiança. Se ainda está em dúvida sobre qual empresa escolher para o serviço, a B3 disponibiliza uma lista com todas as corretoras autorizadas a operar na Bolsa brasileira. 

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2. Perfil de investidor

Antes de comprar qualquer coisa, faça um teste para descobrir qual o seu perfil de investidor. Se você acha que esta é uma etapa que “dá para pular”, saiba que a maioria das corretoras faz um teste com o investidor antes de disponibilizar a compra de ativos e que o teste pode te livrar de perder dinheiro. O teste vai identificar o nível de tolerância a risco de cada investidor e os classifica em conservadores, moderados ou arrojados. Cada perfil tem os instrumentos indicados para si, sendo que qualquer tipo de investimento será recomendado para o arrojado, enquanto o conservador tem mais restrições. 

3. Reserva de emergência

Todo investidor precisa de uma reserva de emergência. É ela que vai te salvar na hora do aperto. O colchão de segurança precisa cobrir pelo menos três meses dos seus gastos fixos. “Somente após termos um colchão de emergência conseguimos tomar decisões sobre a capacidade de tomar risco”, diz Bruna Amalcaburio, analista da Top Gain. 

4. Conhecendo as opções

As ações são o instrumento mais conhecido da Bolsa, mas não são apenas elas que movimentam o mercado. Na B3 ainda acontecem negociações de fundos imobiliários (FIIs), ETFs, BDRs, opções de ações, contratos futuros e fundos de investimentos. Cada um tem suas características e nível de risco e vale a pena estudar a fundo antes de investir. 

5. Escolhendo os ativos 

Existem algumas estratégias na hora de escolher um ativo para compor sua carteira. No caso das ações, a mais usada e indicada é a análise fundamentalista, que avalia vários fatores de uma empresa, como situação financeira, balanço patrimonial, fluxo de caixa e conjuntura econômica, e projeta o valor da empresa no futuro com base nessa análise. “É quase como projetar os possíveis resultados da empresa, entendendo se vale a pena ou não investir em sua ação”, explica Fernando Siqueira, gestor da Infinity Asset. Outra metodologia para seleção de ativos é a análise técnica, que usa gráficos para tomar uma decisão. A estratégia é geralmente usada por profissionais que operam no curto prazo.

6. Diversifique

Você fez o teste para saber se tem perfil para ser minoritário, escolheu a corretora, definiu quais ativos comprar se parou a grana num fundo de emergência e falta… pensar na diversificação. Ter pelo menos dez ativos na carteira vai te proteger caso um deles sofra uma perda muito grande. Ser dependente de poucos ativos não é uma boa ideia e aumenta o risco associado ao seu portfólio. A boa notícia é que se você leva o quinto passo a sério, a diversificação será natural nos seus investimentos. Você será capaz de identificar boas oportunidades e, se tiver capital para isto, aproveitá-las. “O ideal é ir estudando empresa a empresa e, à medida que acha empresas que façam sentido, vai diversificando o portfólio”, diz João Daronco, analista da Suno Research. 

Dica extra: invista pensando em dividendos

Uma ótima forma de receber dinheiro na conta todo mês é aplicá-lo em ativos que pagam dividendos. Ações e fundos imobiliários são os instrumentos negociados em Bolsa procurados para esse fim. O mais indicado aqui é usar o efeito bola de neve: quando receber um dividendo, use-o para comprar mais ações ou FIIs que pagam dividendos e, no mês seguinte, o montante de dividendos já deve crescer. Fazer isto de maneira consistente por anos pode trazer resultados incríveis. Leia mais sobre a estratégia aqui

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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