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Black Friday: maquiagem de preços é o principal motivo para quem não pretende comprar nada
Quase 60% dos brasileiros não vão comprar na Black Friday deste ano, em parte, porque os preços são “maquiados” durante o evento ou porque não confiam nas ofertas. Pesquisas informadas pelo Valor nesta semana mostram projeção de alta nas vendas, em termos nominais, de 2% a 9% neste ano sobre 2021 durante a data, a depender da associação ou empresa de pesquisa que faz os cálculos.
A Black de 2021 foi a mais fraca da história, desde a criação do evento no país, em 2010.
Pesquisa realizada pelo Reclame Aqui, empresa digital de pesquisas e reputação do país, entre os dias 11 e 13 de novembro, com 13,7 mil usuários do site, mostra que 56,7% dos consumidores decidiram não fazer compras, sendo que a principal razão para isso (20,8% das respostas) refere-se ao fato de as lojas comercializarem produtos com preços manipulados.
Nos últimos anos, consumidores vêm reclamando de empresas que elevam os preços antes da Black Friday e, na semana do evento, reduzem para mostrar um falso desconto.
A segunda principal razão para os consumidores decidirem não comprar nada é não confiar nas ofertas (19,5%) e a terceira razão é que não estão com dinheiro sobrando para isso (13,4%). Apenas em quarto lugar está o endividamento (12,9%).
Entre os 43,3% que decidiram que vão às compras, 30% está monitorando os preços já há um mês, e quase 23% está fazendo pesquisas há três meses.
A respeito de locais das compras, o maior percentual (36,2%) espera comprar no site das próprias lojas, e 20,6% em sites de comparação de preços. Além disso, 19,7% vai comprar pelos aplicativos e só 11,2% em lojas físicas (nesse caso, há o efeito da demanda por duráveis, que cresce nos canais digitais nessa época).
Em relação ao dia que os consumidores pretendem comprar, mais da metade (52,4%) fará compras a partir das 18h na quinta-feira (após o jogo do Brasil na Copa do Mundo e após o expediente) até a meia-noite. O restante fará ao longo da sexta-feira.
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