Os últimos anos não têm sido fáceis, não é mesmo? Além da pandemia, que por si só já sacudiu a vida de quase todo mundo, a gente ainda se deparou com a crescente subida da taxa de juros e da inflação, que desencadeou na alta dos produtos e serviços. Dessa forma, o resultado dessa combinação bombástica não poderia ser outro: mudanças (negativas) nas finanças dos brasileiros.
De acordo com a pesquisa Perfil do Consumidor, feito pela Boa Vista, que ouviu 1,5 mil consumidores em todo o Brasil, no primeiro semestre deste ano, 45% dos entrevistados identificaram que suas economias ficaram piores, no comparativo com o ano passado.
Além disso, 58% dos brasileiros afirmaram que mais da metade de suas rendas foi utilizada para pagar dívidas.
Aliás, o endividamento é um tema em alta, inclusive na pesquisa. Isso porque, 97% dos entrevistados se consideraram endividados no primeiro semestre de 2022.
Assim sendo, para 71% das pessoas ouvidas pela pesquisa, está cada vez mais difícil de quitar os boletos. As principais despesas que fazem os consumidores tremerem na base são:
Cartão de crédito;
Contas de serviços básicos, como água e luz;
Contas de TV a cabo, internet e telefone fixo;
Contas de telefone celular;
Empréstimo pessoal/cartão de loja e aluguel/condomínio.
O que os brasileiros farão depois de quitarem suas dívidas?
Essa pergunta foi feita durante a pesquisa e 25% dos entrevistados disseram que pretendem comprar de novo. O porém dessa resposta é que a situação pode apertar novamente, não é mesmo?
Então, o que deixar de lado se a renda diminuir? As respostas foram:
49% renegociariam as dívidas de carnês e boletos;
37% renegociariam os compromissos assumidos por meio do cartão de crédito;
14% deixariam de pagar empréstimos e dívidas de cheque especial.
A pesquisa também perguntou aos entrevistados sobre expectativas para 2023. E a esperança continua fazendo parte dos brasileiros. Afinal de contas, 90% acredita que a situação financeira irá melhorar.
Mas a gente sabe que não basta apenas o pensamento positivo. É muito importante ter um bom planejamento financeiro para evitar que as dívidas surjam cada vez mais.
Por isso, para começar a organizar as finanças, é primordial que você saiba o quanto gasta para viver. E não ache que para isso é necessário montar uma planilha cheia de números, ou baixar mais um aplicativo para o seu celular. Nada disso! Você precisa apenas saber quanto que entra e quanto que sai da sua conta bancária todos os meses.
Portanto, com os valores corretos do quanto você gasta, é possível começar a se planejar financeiramente para conseguir guardar um montante a cada mês. Assim, com esse valor, é possível construir uma reserva de emergência e evitar que situações críticas de dívidas voltem a acontecer.
Para isso, tenha em mente o quanto você quer guardar e não tire esse valor da sua cabeça. Os especialistas indicam que, pelo menos, 10% da sua receita líquida tenha como destino o investimento. Mas se não for possível, pode separar o quanto der. O importante é guardar dinheiro.