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O Fiat Mobi é o carro popular mais barato do Brasil, custando R$ 73.900, enquanto o Renault Kwid sai por R$ 74.590. A decisão de comprar um carro zero depende dos objetivos financeiros do comprador. Vantagens incluem garantia de fábrica e economia inicial em manutenção. Desvantagens são o preço elevado, desvalorização imediata e custos altos de documentação e seguro. Avaliar a necessidade e o impacto no orçamento é crucial. Financiamento pode ser uma opção em cenários de juros altos, como o atual.
Dois modelos disputam o posto de carro popular mais barato do Brasil: o Fiat Mobi e o Renault Kwid. Atualmente, porém, o Fiat Mobi leva a melhor: a versão mais simples do modelo zero quilômetro custa a partir de R$ 73.900. Já o seu rival Renault Kwid, sai, na versão mais básica, por R$ 74.590 (preços de fábrica consultados na terça-feira, 24). Uma diferença de menos de R$ 700 entre um modelo e outro, portanto.
Os carros populares mais baratos do Brasil são, claro, a porta de entrada para o consumidor que deseja realizar o sonho de comprar um carro zero quilômetro. Mas como avaliar quando vale ou não a pena desembolsar quase 53 salários mínimos para ter um carro com aquela cheiro maravilhoso de novo?
Quem responde é o economista e planejador financeiro Fabio Louzada, fundador da plataforma de educação Eu me banco. Confira:
Quando compensa comprar um carro zero e quando não compensa?
“Comprar o carro popular mais barato do Brasil ou qualquer outro carro zero quilômetro é uma decisão muito pessoal e que vai depender totalmente dos objetivos de investimentos do comprador”, afirma Louzada.
Entre as vantagens de ter um carro zero estão:
Contar com a garantia de fábrica, que pode cobrir possíveis problemas mecânicos;
Não precisar de manutenção logo de início, o que representa economia ao menos no início de uso;
Possibilidade de contar com condições de financeiro interessantes para compra de carros novos;
Tecnologia mais avançada que pode permitir maior economia em relação a combustível.
“Desse modo, acredito que se o cliente tem condições de gastar com a compra de um carro zero, pode ser sim bem interessante por conta dessas vantagens, mas tudo depende do perfil e gostos de cada um”, diz.
Quando não compensa comprar um carro zero?
Entre as desvantagens de comprar um carro zero estão:
Preço mais elevado que um seminovo ou usado;
Desvalorização de cerca de 20% assim que sai da loja;
Custos com documentação elevados;
Seguro mais caro do que um carro seminovo.
Mas a maior desvantagem de todas é comprometer a saúde financeira para comprar um carro zero, avalia o economista.
“Por exemplo, você não deve usar a sua reserva de emergência para comprar um carro zero. Desse modo, se houver uma situação médica inesperada ou até mesmo desemprego, você terá de recorrer a empréstimos e pode até mesmo perder o carro por falta de pagamento”, diz.
“Para quem não faz questão de ter um carro zero e optar por um usado, não tem por que comprometer sua renda com um gasto que pode não ser essencial ou importante para você.”
Como avaliar se é necessário ter um carro?
A primeira questão é a necessidade, explica o planejador. “Um carro zero é realmente essencial ou apenas algo que você deseja? Avaliar se o gasto é justificável ou se pode ser adiado é uma primeira etapa importante”, diz.
O próximo passo é verificar se o orçamento se encaixa na compra. Ao comprar um carro novo, é preciso entender que também haverá diversos gastos extras como seguro e IPVA, além dos próprios gastos com combustível e com manutenção.
Coloque, então, esses custos junto aos seus gastos mensais. Estes são gastos que vão comprometer sua renda e o pagamento de outras contas ou de fato não é algo que compromete? Se comprometer, esse não é o momento certo para compra.
Pense também no custo de oportunidade. Ao gastar esse dinheiro em um carro zero, em que outra coisa você está deixando de investir? Vale a pena fazer isso agora ou é algo que pode esperar?
Financiar ou comprar à vista?
Mas caso se decida pela compra de um carro popular, o que é melhor, financiar ou pagar à vista? Ambas as situações tem vantagens e desvantagens também.
Se você planeja parcelar ou financiar a compra, analise o custo total com juros e outras taxas. Verifique, ainda, se o financiamento faz sentido e se consegue arcar com as parcelas ao longo do tempo sem comprometer o fluxo de caixa.
A decisão vai depender de fato do perfil e objetivos de quem irá fazer a compra, mas é bom lembrar que estamos em um cenário de juros altos acima de dois dígitos que têm remunerado bem o investidor de renda fixa, então pode ser mais atrativo financiar para poder ao mesmo tempo não se descapitalizar e conseguir acumular os rendimentos da renda fixa pagando por parcelas mais baixas que não comprometam tanto o orçamento mensal.
Comprar à vista pode afetar seu fluxo de caixa, deixando menos recursos disponíveis para outras despesas ou emergências.
Se pagar à vista for comprometer a liquidez ou reserva de emergência, o financiamento pode ser uma solução mais equilibrada, permitindo que mantenha uma reserva financeira para outras necessidades ou imprevistos.
Se os juros forem altos, é importante calcular o quanto o carro vai custar no final do financiamento. Isso pode fazer uma grande diferença em comparação com o preço à vista.
Qual é o melhor investimento para comprar um carro?
Por fim, é importante considerar o prazo em que pretende fazer a compra, o nível de risco que está disposto a aceitar e o retorno esperado dos investimentos.
O Tesouro Selic acompanha a taxa Selic, que está alta e, portanto, muito atrativa para ativos atrelados a ela. E ainda tem a vantagem de ter liquidez diária.
É uma opção segura, pois são títulos do governo e têm baixíssimo risco.
Outra opção são os CDBs pós-fixados, que possuem a segurança do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para até R$ 250 mil (por CPF e por instituição) investido e podem pagar acima da taxa Selic a depender da instituição.