1 ano de IF: 8 dicas para sair das dívidas

Em comemoração ao aniversário da Inteligência Financeira, a gente te mostra os caminhos para você sair do vermelho em 12 meses

Fique por dentro das dicas de como sair das dívidas em 1 ano. (Ilustração: Inteligência Financeira)

Se tem algo que pode tirar o sono de qualquer pessoa, o nome disto é dívida. Afinal de contas, ninguém quer ficar inadimplente e com restrições de crédito, não é mesmo? E foi pensando nisso e aproveitando o aniversário de 1 ano da Inteligência Financeira que resolvemos reunir alguns especialistas para indicarem como sair das dívidas em… 1 ano.

Com organização financeira e disciplina, 12 meses são mais do que suficientes para você colocar suas contas em dia.

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Mas antes de qualquer coisa, é importante saber em que momento podemos dizer, de fato, que uma pessoa está endividada.

Isso porque, ter dívidas não é, de certa forma, ruim. Um financiamento imobiliário ou de um automóvel, por exemplo, não prejudicam a saúde financeira de uma pessoa ou família.

“O problema acontece quando as parcelas de uma dívida ou as contas de consumo de alguém deixam de ser pagas por falta de renda ou planejamento. E isto caracteriza inadimplência. O que gera juros de atraso e pode significar a ruína da saúde financeira”, explica Bruno Mori, planejador financeiro CFP e fundador da Sarfin.

Dicas de como sair das dívidas em 1 ano

Portanto, se as suas despesas fixas ultrapassam 75% da sua renda fique esperto. Ou, então, se a conta do final do mês não fecha sem o uso de um crédito complementar como cartão de crédito ou cheque especial, sinto lhe dizer, mas você possivelmente ou já está ou está na iminência de ficar endividado.

Imagem de aniversário da Inteligência Financeira

E aí, é hora de respirar fundo, manter a calma e focar em dar fim nessa inadimplência.

Dessa forma, como um presente da redação pelo aniversário de 1 ano da Inteligência Financeira, a gente reuniu alguns especialistas em planejamento financeiro para apresentarem dicas de como sair das dívidas em 12 meses. Veja só!

1. Faça um diagnóstico das suas finanças

Então, o primeiro passo é usar um tempo para criar o planejamento financeiro, que é a ferramenta de controle das economias pessoais.

“Inclusive, nesse planejamento você pode usar uma planilha dessas encontradas em sites de finanças, apps, software financeiro e até mesmo um caderninho de anotações. Utilize o que se adaptar melhor, o importante aqui é anotar as receitas e despesas”, ensina Ariane Benedito, economista especialista em mercado de capitais.

Diante disso, existem gastos que são fáceis de mapear como contas de eletricidade, água, internet, mercado do mês.

Já outros gastos nem sempre são fáceis de capturar, como uma ida a padaria para compras pequenas ou o pagamento de um estacionamento.

“Por isso, busque o seu histórico financeiro por meio das transações realizadas na conta corrente e dos lançamentos na fatura do cartão de crédito”, aconselha Flávio Riberi, economista e coordenador de cursos de Pós & MBA da Faculdade FIPECAFI, em São Paulo.

2. Corte gastos

Tendo todas as despesas em mãos, o próximo passo de como sair das dívidas é classificar os consumos como essenciais (contas de água, luz, telefone, internet etc) e supérfluos (ida a restaurantes, compras no shopping sem necessidade, entre outros).

Aí, claro, comece a abrir mão do que é supérfluo. Por outro lado, identifique também qual dessas despesas você terá dificuldade de viver sem e qual não tem tanta importância nesse momento.

“Restringir demais um planejamento financeiro pode trazer insatisfação extrema para a família ou indivíduo. O que pode levar os envolvidos a desistirem no meio do processo. Por isso, é importante que o planejamento financeiro seja flexível e sincero”, argumenta Ariane.

3. Pesquise preços e encontre substitutos

Na hora de ir ao supermercado, fique atento, pois compras classificadas como essenciais podem esconder itens supérfluos.

“Portanto, é importante carregar consigo uma lista com os itens essenciais e identificar no carrinho de compras o itens supérfluos”, afirma Riberi.

E, claro, faça pesquisas para encontrar os melhores preços. Uma ótima dica é realizar simulações de todos os itens planejados de sua cesta de consumo em diferentes websites de varejistas.

Em contrapartida, o professor diz que não é necessário que o endividado se restrinja somente ao consumo básico. “Isso porque certos itens supérfluos devem ter um orçamento, ainda que pequeno, para não se gerar uma repressão do consumo”, analisa.

Além disso, para sair das dívidas em 1 ano pode ser necessário observar os itens essenciais que estão aumentando o preço.

Em seguida, considere fazer substituições e converse com a família sobre estas escolhas.

4. Cuidado com os pequenos gastos

Um cafezinho diariamente em uma lanchonete ou a compra de uma sobremesa todos os dias em um restaurante são gastos pequenos e que não precisam ser suprimidos por completo, mas podem ser reduzidos.

Então, que tal consumir sobremesa em dias alternados ou restringir a 3 dias por semana?

Além disso, o seu bolso pode agradecer a criatividade.

Afinal de contas, porque ao invés de ir a uma lanchonete ou pizzaria, por exemplo, você não compra os itens para preparar o hambúrguer ou a pizza em casa?

“Internalizar o consumo para dentro de casa gera experiências com a família com a interação de todos no processo de preparação, além dos gastos menores”, conta Ariane.

5. Complemente sua renda

E isto pode ser feito de diversas formas. Desde vender coisas que pouco usa, fazer alguns bicos ou dar aulas de temas que você entende melhor que a maioria das pessoas.

Inclusive, se você tiver um trabalho com contrato CLT, utilize do valor do 13o salário como mais uma forma de acumular dinheiro.

Além disso, caso tenha uma reserva de emergência, utilize-a para pagar os boletos vencidos.

Portanto, o interessante é buscar alternativas para que a sua renda aumente de certa forma. Assim, com esse montante, é possível pagar um valor maior dos boletos.

6. Renegocie suas dívidas

Separe os déficits que você pode pagar com desconto e priorize. Já as dívidas que poderão ser parceladas, ou que não tem abatimento de valor na quitação única, integre as contas fixas e pague junto com as despesas essenciais.

Isso tornará o pagamento dessas dívidas prioridade no seu planejamento. “Aliás, para o credor é melhor receber menos do que não receber nada. Portanto, com recurso que você tem e acumulou com o complemento de renda, apresente uma proposta para abater sua dívida ou reduzir os juros da mesma”, aconselha Davi Ramos, CEO e sócio-fundador da Vante Invest, assessoria de investimento.

7. Busque uma portabilidade para o seu crédito

Caso não seja possível renegociar sua dívida, proponha a uma outra instituição financeira que ela quite o seu débito.

O open finance, por exemplo, pode te ajudar a encontrar uma instituição que cobre juros menores.

“E assim, você passará a ter uma nova dívida, só que agora em melhores condições que a antiga”, afirma Ramos.

8. Mantenha o planejamento mesmo após a quitação das dívidas

Afinal de contas, não se esqueça jamais da filosofia básica das finanças pessoais:

  • Viver com menos do que se ganha;
  • Poupar parte das receitas;
  • Investir para reserva de emergência e aposentadoria;
  • Se planejar para realizações de desejos sempre priorizando o não pagamento de juros.

Viu só quanta dica bacana de como acabar com as dívidas em 1 ano?

Então, agora é com você, minha querida leitora e meu querido leitor. Bote a mão na massa e comece agora mesmo o seu planejamento para dar fim à inadimplência.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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