Dívida é a principal preocupação dos brasileiros, mostra levantamento feito em rede social

Termos ligados a contas atrasadas são os mais procurados na iternet

Ilustração: Marcelo Andreguetti/IF
Ilustração: Marcelo Andreguetti/IF

O brasileiro entrou em 2022 preocupado com sua condição financeira. No fim de 2021, 76,3% das famílias possuíam dívidas, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). E o assunto virou tema nas redes sociais.

Dados da Knewin, startup que monitora mídia espontânea, mostram que em uma semana (de 24 a 31 de janeiro) 150 mil tuítes (posts na rede social Twitter) mencionam termos relacionados a finanças pessoais.

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Só o dia 27 de janeiro contabilizou mais de 36 mil menções, data em que foi anunciado o congelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Entre os termos mais mencionados, “dívidas” foi o mais citado, aparecendo em 39,8% dos tuítes. O segundo foi o termo “empréstimo”, com 24,8% dos tuítes, seguido por “finanças” com 13,7% das menções. Entre as hashtags, a #empréstimo foi a mais utilizada.

Por que o termo “dívidas” aparece tanto nas redes sociais?

Henrique Soares, presidente e co-fundador da Pilla, fintech que trabalha em conjunto com o time de recursos humanos das empresas para melhorar a vida financeira dos colaboradores, destaca que a explicação para isto está em uma combinação de fatores.

Eles vão da falta de educação financeira e de planejamento financeiro, somando-se à falta de reserva de emergência de grande parte da população, além do baixo acesso a produtos financeiros que os ajudem a sair do endividamento e à crise econômica no Brasil (inflação e desemprego altos).

As empresas podem ajudar, na opinião do executivo, a mudar esse quadro. “O público que recebe menos tem pouquíssimo apoio do sistema financeiro tradicional”, afirma.

Soares cita como exemplo um colaborador de uma empresa que tinha um salário de R$ 2.400 e uma dívida de cartão de crédito há 12 anos que acumulava o valor de R$ 30 mil reais. Ele não tinha reserva de emergência e o nome estava sujo no mercado de crédito. Como a dívida era muito antiga, ele recebia diversas propostas de renegociação, porém não conseguia fechar nenhuma porque não tinha como pagar à vista. Com o adiantamento de parte do salário e do 13º, ele conseguiu limpar o nome com mais de 90% de desconto, conta o executivo.

Com reportagem do Valor Investe

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