Dívida no cartão faz Luciano Szafir ter bens penhorados; saiba como evitar

Aprenda a administrar melhor essa ferramenta de pagamento

Ator Luciano Szafir desfila com criações de Walerio Araujo na Sao Paulo Fashion Week em Novembro de 2021. - REUTERS/Carla Carniel
Ator Luciano Szafir desfila com criações de Walerio Araujo na Sao Paulo Fashion Week em Novembro de 2021. - REUTERS/Carla Carniel

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) mandou penhorar os bens do ator Luciano Szafir, 53, por conta de uma dívida de R$ 104.130,49 referente às faturas não pagas de dois cartões de crédito, segundo o portal Notícias da TV. O banco que emitiu o cartão tenta receber desde 2018.

No início deste ano, a Justiça determinou que Szafir quitasse a dívida, mas não conseguiu localizar o ator nem seu advogado; a penhora é uma medida tomada quando outros recursos são esgotados. Melhor é não chegar a esse ponto, mas, para qualquer um, controlar os gastos no cartão está entre as tarefas mais difíceis da gestão do orçamento pessoal.

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Muitos consumidores caem na armadilha do “eu mereço”. As pequenas indulgências do dia a dia muitas vezes pode sair do controle e se tornar uma bola de neve nas finanças. “As taxas de endividamento que vemos hoje em dia têm muito a ver com esse comportamento. Quando o salário chega, em vez de pensar nas contas “chatas”, fazer a compra de um sapato ou uma viagem é muito mais legal. É o famoso ‘eu mereço, embora eu não possa’. No fim do mês a fatura chega e a pessoa nem sabe como chegou naquilo’”, explica a educadora financeira Mônica Costa.

Faça as pazes com o cartão de crédito

Os gatilhos do “eu mereço”

O consumo é comportamental. No caso do “eu mereço”, não é diferente. “Temos a tendência de consumir quando estamos felizes, tristes, eufóricos, ansiosos ou decepcionados. Nesse período pandêmico, as emoções foram ainda mais afloradas. Então muitas pessoas encontraram nas compras uma forma de compensar esses sentimentos”, ressalta Mônica.

Não há nada de errado no consumo e no merecimento em si. O problema é fazer isso sem consciência. “O consumo é importante e parte da nossa relação social. Mas, ele precisa ser feito com planejamento. Muitas pessoas acabam gastando mais do que ganham. Se você quer se dar uma viagem de presente, por exemplo, programe essa recompensa”, explica Mônica.

Como não cair nas armadilhas

Para não ter surpresas desagradáveis no final do mês, Mônica destaca duas dicas: a primeira é ter clareza do que entra e sai do seu bolso. “Geralmente as pessoas não têm esse número nítido. É fundamental saber exatamente o salário líquido, com todos os impostos descontados, e as contas fixas que comprometem uma parte desse dinheiro”, explica a educadora.

Com as contas organizadas, projete aquilo que quer consumir. “Isso vai garantir que você realize seus sonhos e se presenteie de forma consciente, dentro da sua realidade”, ressalta Mônica. Se o “eu mereço” envolve a ida a um restaurante bacana, por exemplo, tente economizar nas outras refeições da semana e estime o quanto pretende (e pode) gastar na saída.

A educação financeira, segundo Mônica, é sustentada por quatro pilares: ganhar, gastar, poupar e investir. O importante é não se perder no pilar do gastar. “Tudo é uma questão de equilíbrio. Entendendo o quanto ganha, o quanto gasta e organizando essas recompensas, você pode continuar se presenteando de forma saudável”.

Em tempo: a assessoria de imprensa de Szafir disse que o caso foi um mal-entendido e já está resolvido entre as partes.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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