O que é menos pior: parcelar a fatura do cartão de crédito ou pagar o mínimo?
Cuidado com o crédito rotativo: sua meta financeira é pagar a fatura em dia
É ruim, mas pode acontecer: a fatura do cartão de crédito chega, mas você não tem o dinheiro para pagar.
E aí bate a dúvida para saber o que é menos pior: pagar o valor mínimo ou parcelar a dívida?
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Todos concordamos que o melhor é pagar o total da fatura.
O rotativo do cartão de crédito, que acontece toda vez que você não paga a fatura, cobra juros de cerca de 350% ao ano, segundo o Banco Central. Assustador, né? É e, portanto, você deve fugir dele.
A educadora financeira Bruna Allemann, do Acordo Certo, nos deu algumas dicas sobre o que fazer – e o que não fazer quando o assunto é a dívida do cartão de crédito.
Mas vamos primeiro entender como cada operação funciona.
Qual é a diferença entre parcelar a fatura e pagar o valor mínimo do cartão?
Os cartões de crédito têm uma opção de pagamento mínimo do que foi gasto em um mês.
Mas cuidado: quando você opta por essa modalidade, você aceita pagar o crédito rotativo, que passa a ser cobrado sobre a fatura que ficou em aberto.
Agora, se você não efetuar nem o pagamento do valor mínimo da fatura, seu cartão poderá ser bloqueado e seu nome pode entrar na lista da Serasa.
Por outro lado, você pode optar pelo parcelamento da dívida. E lá vem ele de novo, o crédito rotativo, cujos juros se enquadram no que chamamos de “juros compostos”, ou seja: os juros são calculados em cima dos juros. Uma bola de neve.
De acordo com o Banco Central, o crédito rotativo só pode ser cobrado até o vencimento da próxima fatura, o que normalmente acontece em 30 dias.
Depois disso, o banco troca a dívida por outro tipo de crédito, com juros menores do o que é cobrado pelo crédito rotativo.
Como funciona o pagamento mínimo do cartão
Fique atento. O pagamento mínimo compromete o limite do cartão, porque o banco só libera o crédito do que foi pago.
Mas, ao optar pelo pagamento do mínimo, você evita que seu nome seja incluído nas listas das instituições de proteção ao crédito e que seu cartão bloqueado.
O pagamento mínimo também possibilita a quitação do restante da fatura no mês seguinte, ou seja, você ganha um tempinho extra.
Como funciona o parcelamento da fatura do cartão
Normalmente, o parcelamento cobra uma taxa de juros menor do crédito rotativo e o prazo é mais longo.
O parcelamento também pode organizar o pagamento, mas lembre-se: seu limite fica bloqueado e só é liberado aos poucos, conforme você vai quitando as parcelas.
E aí, limite total só volta ao que era depois que todo o parcelamento for pago.
O que acontece quando se paga o mínimo da fatura do cartão?
Para a educadora financeira Bruna Allemann, do Acordo Certo, quando o consumidor escolhe a opção do pagamento mínimo, ele entra no crédito rotativo, no qual os juros são cobrados sobre o valor que ficou em aberto.
“Isso pode virar uma bola de neve para o bolso do indivíduo”, explica Bruna.
Portanto, quando você opta por pagar o valor mínimo, o que fica faltando é transferido para o mês seguinte, com multas e juros.
Como evitar o crédito rotativo?
O pagamento mínimo é muito utilizado por quem não consegue cobrir os gastos do cartão de crédito. A melhor maneira de você evitar o crédito rotativo é pela organização financeira.
O que fazer?
A melhor estratégia é olhar para traz para não repetir o mesmo erro dali por diante.
Então, a educadora financeira recomenda que você reveja quais foram as suas maiores despesas e saiba o motivo que te levou a perder o controle dos gastos.
E lembre-se: seu limite vai estar comprometido pelos próximos meses.
Sua meta financeira agora e sempre é pagar a fatura em dia.
É melhor pagar o mínimo do cartão ou parcelar a fatura?
O importante é você pagar, nem que seja o mínimo, e não deixar a dívida em aberto.
“Caso você tenha dinheiro guardado na poupança, utilize esse valor para o pagamento. Dessa forma, as contas vão se manter em dia e o valor não será reajustado com juros e taxas altas. No entanto, se a ideia é manter o dinheiro guardado, busque trabalhos que gerem renda extra, assim, você vai conseguir arcar com a dívida, sem ficar com o dinheiro curto no restante do mês.”
Como se organizar para que isso não aconteça?
O ideal é entender quais são suas maiores despesas.
Tenha o hábito de listar tudo aquilo que é variável como lazer, entretenimento e cosméticos, e aquilo que é fixo, como alimentos, contas e estudos.
“Ao analisar os gastos do mês, é possível entender onde você pode diminuir, sem que a compra de produtos essenciais fique prejudicada”.
Colaborou Anne Dias