Herdeiros poderão resgatar valores ‘esquecidos’

Reabertura do SVC ainda não tem prazo, mas BC vai lançar fila virtual

Ilustração: Renata Miwa
Ilustração: Renata Miwa

O Banco Central (BC) informou que ainda não há data definida para retorno do sistema que mostra dinheiro esquecido por clientes em instituições financeiras, o Sistema Valores a Receber (SRV).

Porém, a instituição anunciou melhorias na ferramenta.

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Uma delas, por exemplo, é a possibilidade de resgate em contas de pessoas falecidas por herdeiros, inventariantes ou representantes legais.

“Com a reabertura do SVR [ainda sem prazo], herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais da pessoa falecida poderão, mediante o aceite de um Termo de Responsabilidade, consultar a existência de valores a devolver de falecidos. Também poderã saber como resgatar esse montante”, adiantou o BC.

Fila virtual

Além disso, o BC afirmou que será adotada uma fila de espera virtual para acessar o sistema.

Assim, essa fila vai substituir a lógica de acesso agendado da primeira versão.

A ferramenta que mostra esse recurso está fora do ar desde abril, quando foi finalizada a primeira fase de resgates.

A segunda etapa estava prevista para maio, mas foi atrasada pela greve dos servidores da autarquia.

A autoridade monetária destacou que o SVR despertou um grande interesse da sociedade.

“Sem data definida para a retomada do serviço, a autoridade monetária trabalha em melhorias no sistema, na inclusão de novos tipos de valores e no módulo para consulta de dados de falecidos”, ressaltou o BC.

Bancos terão que informar o BC sobre o dinheiro ‘esquecido’

O BC publicou uma norma que determina que as instituições financeiras enviem novos dados à autoridade monetária sobre valores esquecidos a partir de janeiro.

“As informações serão disponibilizadas aos usuários assim que o Sistema Valores a Receber (SRV) for reaberto”, informou.

A medida exige que as instituições informem se têm contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível.

Fora isso, contas de registro mantidas por corretoras que foram encerradas com recursos remanescentes também deverão ser informadas.

O que diz a nova regra

Pela nova regra, “as instituições passam a ter o dever de encaminhar, a partir de janeiro, os dados de todos os tipos de valores a devolver previstos na Resolução BCB nº 98, de junho de 2021. Essas informações serão processadas pelo BC e disponibilizadas aos usuários assim que o Sistema Valores a Receber (SVR) for reaberto”.

De acordo com o BC, o levantamento do valor total que estará disponível quando o sistema for reaberto ainda depende dessas novas informações.

Mas o banco destacou que, atualmente, o estoque é de R$ 4,6 bilhões, sendo R$ 3,6 bilhões para 32 milhões de CPFs e R$ 1 bilhão para 2 milhões de CNPJs.

Quanto já foi sacado?

Ao todo, as instituições financeiras já devolveram R$ 2,36 bilhões a 7,2 milhões de pessoas e a 300 mil empresas na primeira fase do serviço.

Desse total, R$ 321 milhões foram devolvidos via Pix a 3,7 milhões de beneficiários que clicaram diretamente no sistema para solicitar os valores.

O restante foi devolvido mediante contato prévio do beneficiário com a instituição, por telefone, e-mail, agência ou outros canais de atendimento.

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