A taxa de juros do cartão de crédito rotativo variou de 346,3% ao ano em janeiro para 355,2% em fevereiro.
O rotativo é a linha de crédito pré-aprovada no cartão e inclui também saques feitos na função crédito do meio de pagamento. No caso de inadimplência do cliente, o banco deverá parcelar o saldo devedor ou oferecer outra forma para quitar a dívida em condições mais vantajosas dentro de 30 dias.
Já a taxa do parcelado do cartão variou de 172,5% para 174,3%.
Assim, a taxa de juros total do cartão de crédito variou de 67,3% para 73,2% em fevereiro. Nas contas do BC para o juro médio total, entra o cartão à vista, que não tem encargos.
A taxa de juros no cheque especial em fevereiro foi de 132,6% ao ano, vinda de 125,7% em janeiro.
Juro médio das operações de crédito sobe 0,4 ponto
A taxa de juros média anual cobrada pelo sistema financeiro nas operações de crédito variou de 25,3% em janeiro para 25,7% em fevereiro. Em 12 meses, houve recuo de 5,9 pontos percentuais.
A taxa cobrada das pessoas jurídicas, por sua vez, saiu de 18,3% para 18,4%. Para as pessoas físicas, a taxa ficou em 30,1%, vinda de 29,5%. Nos recursos livres, a taxa média variou de 35,3% em janeiro para 36,5% em fevereiro.
Já o spread, que mede a diferença entre as taxas que os bancos cobram nos empréstimos e o custo de captação desses recursos, saiu de 16,2 pontos percentuais em janeiro para 16,8 pontos em fevereiro.
Nas operações de crédito com pessoas físicas, o spread ficou em 21,8 pontos percentuais, contra 20,9 pontos em janeiro. No crédito às empresas, ficou em 8,6 pontos em fevereiro, contra 8,5 pontos no mês anterior.
Inadimplência das operações de crédito fica estável
A inadimplência média das operações de crédito ficou estável em 2,5% em fevereiro, na comparação com janeiro. Entre as empresas, a taxa média ficou em 1,4%, contra 1,4% em janeiro. Entre as famílias, foi 3,3%, contra 3,2% no mês anterior. No crédito com recursos livres, a inadimplência ficou em 3,3% (também 3,3% em janeiro). No crédito direcionado, foi 1,4%, ante 1,3% anteriormente.
O sistema financeiro concedeu em fevereiro 0,6% a menos em novos empréstimos e financiamentos, na comparação com janeiro. O número leva em conta as concessões totais em cada mês. Considerando a média por dia útil, houve alta de 6,7%.
As concessões para clientes corporativos subiram 2,5% contra o mês anterior, somando R$ 189,6 bilhões. Para as famílias, o sistema financeiro concedeu R$ 208,6 bilhões em novos empréstimos e financiamentos, queda de 3,2% em relação a janeiro.
Taxas pactuadas entre clientes
As concessões com recursos livres, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e clientes, caíram 1,1%. Já as operações com recursos direcionados, que são regulamentadas pelo governo ou vinculadas a recursos orçamentários, aumentaram 5,2%.