Cinco lições para o bolso, de três especialistas em finanças, que podemos tirar da pandemia
Algumas são simples de por em prática, outras demandam estratégia. O importante é evoluir, mesmo com os solavancos financeiros
Dizer que as crises trazem ensinamentos é clichê, mas faz muito sentido. A crise sanitária trazida pela pandemia de covid pela qual ainda estamos passando nos trouxe várias lições, principalmente para os investimentos. Por isto, a Inteligência Financeira pediu para que especialistas compartilhassem algumas lições que podemos tirar de todo esse cenário e que podem ser úteis para você e para seu bolso. Vamos a elas:
Diversificação é o segredo da proteção
Quem dá a dica: Rafael Panonko, analista-chefe da Toro Investimentos
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O investidor aprendeu que deve ter uma carteira diversificada e não alocar apenas em renda variável ou só na fixa. Às vezes nós, investidores, somos seduzidos pela rentabilidade e concentramos todo nosso dinheiro em ativos onde acreditamos que nos darão maior retorno. Mas em momentos de crise é uma carteira bem pulverizada que nos salva. O mercado financeiro está em tendência de baixa, mas o investidor que tem uma carteira diversificada tem uma rentabilidade mais constante.
Educação deve estar no topo da lista de prioridades
Quem dá a dica: Felipe Lima, gestor na FL Asset
Quanto maior for o nível de instrução da pessoa, menor será o impacto que uma crise financeira terá em sua vida. Isso porque um investidor bem informado e com um bom nível de aprendizado consegue se reestruturar mais rapidamente. Estudos mostram que quem conseguiu trabalhar de casa durante a pandemia faz parte do grupo com maior instrução escolar. O investimento em educação é o que mais dá retorno a médio e a longo prazos, e o que gera maior capacidade de atravessar crises.
Conhecimento também gera lucro
Quem dá a dica: Rafael Panonko, analista-chefe da Toro Investimentos
O mercado de cursos se aqueceu muito, principalmente na área de investimentos. O brasileiro não está buscando apenas investir melhor; ele também quer ter mais educação financeira. Quando ele pensa em investir, ele já busca um conteúdo sobre aquele ativo, compra um curso e vira um investidor recorrente. É algo que está longe de ser regra no Brasil, mas a pandemia nos deu um bom começo.
Reserva é essencial
Quem dá a dica: Henrique Castro, professor de finanças da FGV EESP (Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas)
Vimos a importância da reserva de emergência, que é a melhor maneira para você se preparar para outras crises. Esse dinheiro deve ser investido em ativos com baixo risco e boa liquidez para que você possa acessar o recurso sempre que precisar.
Foco no longo prazo
Quem dá a dica: Henrique Castro, professor de finanças da FGV EESP (Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas)
Invista sempre com foco no longo prazo. Não se desespere com a perda de rentabilidade em algumas semanas. É preciso paciência para passar por uma crise e alcançar seus objetivos. Quem se desespera costuma vender qualquer tipo de ativo no pior momento e, assim, perde a chance de obter retorno na retomada dos preços.