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Incertezas podem gerar bons negócios para quem investe sem pressa
O título desta coluna poderia também ser: muitas oportunidades para você que não tem pressa. Porque é disso que se trata, como momentos de incertezas e indefinições podem ser cheios de bons negócios para quem está investindo no médio e longo prazo.
Podemos desfiar um rosário das dificuldades que se impõe para que o governo consiga destravar a economia. Este é o principal ponto que influenciará o preço dos ativos financeiros, dos títulos de renda fixa mais conservadores às ações de maior risco.
Oportunidades dadas
Há projeções, expectativas de analistas, economistas, estrategistas, mas nenhuma certeza. A única certeza é de que as oportunidades estão dadas e, se você tem tempo, está diante de um mar de alternativas que, em tempos prósperos e cheios de certezas, não costumam ser tão profícuas.
A alternativa mais conservadora e óbvia é a renda fixa, especificamente, os títulos do Tesouro Nacional indexados à inflação. Ter um ganho real de mais de 5% ao ano em um título de renda fixa, com garantia do Tesouro Nacional, é sedutor até mesmo para os padrões brasileiros.
Com uma taxa de juro tão expressiva como a atual, fica difícil falar em ações. Mas, as oportunidades existem neste mercado também.
No entanto, esta é uma seara mais suscetível aos solavancos das vitórias e derrotas do Governo, Congresso Nacional e acertos na economia.
Assim, se você tem os nervos à flor da pele, é melhor pensar neste investimento para o seu filho. E, quanto menos idade ele tiver, melhor! A perspectiva de longuíssimo prazo tende a amortecer os altos e baixos desse mercado.
Longo prazo
Aproveite o momento, então, para pensar no futuro de seu filho. Faça os investimentos para ele. Quando estiver olhando o mercado com essa perspectiva, aí sim você verá o que é um investimento de longo prazo e poderá dar um empurrão e tanto para o início da vida adulta de seu filho.
Para escolher a ação do seu filho, você precisa ter muita atenção ao ambiente societário na empresa porque, afinal, com uma perspectiva de prazo tão longo, o seu filho está de fato se associando a um negócio. Independentemente da forma como o valor na ação seja realizado, o seu filho participará dos ganhos.
Bom negócio
Pode ser que o ganho dele venha por meio dos fluxos de dividendos ou de valorização da ação na bolsa ao longo dos anos. Mas, pode ser também que, daqui a um ano ocorra uma venda desta companhia e, se você comprou ações de uma empresa em linha com os princípios de governança corporativa, seu filho receberá pelas ações o mesmo que o controlador. Em qualquer desfecho, você tende a ter seu valor preservado.
Obviamente, em primeira instância, tem que estar o bom negócio, porque nenhuma governança resolve o problema do mau negócio. Então, primeiro você precisa enxergar determinada companhia como um bom negócio e, depois, certificar-se de que o controlador da empresa respeita os direitos de seus sócios minoritários.
Talvez, o seu filho não se desfaça nunca dessas ações e, mesmo na vida adulta, viva dos bons dividendos que vão irrigar seu fluxo de caixa.
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