As passagens aéreas estão até 174% – quase três vezes – mais caras em relação a antes da pandemia, conforme um estudo do buscador de voos Viajala. É o caso do preço médio da viagem de ida e volta entre São Paulo e Salvador, que disparou de R$ 469 para R$ 1.288. O site comparou os preços médios encontrados em fevereiro de 2020, para voar ao longo daquele ano, e em abril de 2022, para viajar durante este ano, das rotas mais buscadas.
O segundo trecho que mais encareceu foi entre Rio de Janeiro e João Pessoa, cujo valor médio saltou 142%, de R$ 849 para R$ 2.060. Já a terceira viagem que mais aumentou de preço médio foi entre São Paulo e Recife. A alta foi de 134%, de R$ 581 para R$ 1.359.
Passagem de São Paulo para Lisboa subiu 98%
A passagem aérea internacional mais procurada, de São Paulo à Lisboa, teve aumento médio de 98%, indo de R$ 3.549 para R$ 7.025.
Após mais de dois anos de poucas novidades, as companhias aéreas voltaram a apresentar números parecidos aos de antes da pandemia e a se movimentar. Neste mês, a brasileira Gol e a colombiana Avianca anunciaram que passarão a ser controladas por um mesmo grupo, chamado Abra.
“Esse acordo não supre a necessidade de mais competitividade aérea no Brasil, mas veio a calhar em um momento de forte alta nos preços”, afirma Thomas Allier, presidente do Viajala. Desde a quebra da Avianca Brasil, em 2019, o país ficou com apenas três companhias aéreas nacionais, já que a Ita, do grupo Itapemirim, operou por apenas um semestre no ano passado.
A queda da competitividade após a quebra da Avianca Brasil causou um aumento quase instantâneo no preço médio das passagens. Na época, 85% das rotas nacionais apresentaram aumento de preço médio, conforme um estudo do buscador.
O acordo entre a Gol e a Avianca da Colômbia deve dar frutos como a criação de mais rotas diretas entre Brasil e Colômbia, além de tornar mais baratas e rápidas as viagens para Estados Unidos, México e região do Caribe, de acordo com Allier.