Recebeu uma herança? Confira as opções de investimentos para viver uma verdadeira vida de herdeiro

Com a ajuda de especialistas, a gente te mostra alguns produtos para deixar a grana da herança rendendo ainda mais; e também o que fazer para evitar brigas na hora de receber o valor

Herança: saiba como usar os investimentos de longo prazo para esta finalidade. - Ilustração: Renata Miwa
Herança: saiba como usar os investimentos de longo prazo para esta finalidade. - Ilustração: Renata Miwa

Quem não quer ter uma vida de herdeiro, não é mesmo? Desfrutar do melhor do mundo sem precisar fazer grandes esforços. Mas, atenção. Para que a herança não evapore em pouco tempo, é muito importante manter grande parte do valor recebido alocado em diversos ativos financeiros.

E claro que a gente não poderia deixar de mostrar quais são os melhores investimentos para deixar a grana rendendo, e assim, garantir a rotina de herdeiro pelo resto da vida.

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Bota a herança pra render

Então, para começar, a gente sabe que quando um dinheiro chega de forma inesperada, como pode ser o caso de uma herança, escolher bons investimentos se torna uma tarefa difícil. Afinal de contas, não há um planejamento prévio sobre o que fazer e muitas pessoas acabam se enrolando.

Marlon Glaciano, planejador financeiro, dá algumas dicas de como agir nestas situações. “Sabedoria e paciência são as palavras mais importantes. Portanto, logo que receber um valor inesperado, é importante armazená-lo num produto que tenha liquidez e que remunere ao menos 100% do CDI. Após esse passo, crie um planejamento financeiro para projetar o que deseja modificar em sua jornada de vida”, recomenda.

Paulo Akiyama, economista e advogado do Escritório Akiyama Advogados Associados, em São Paulo, aconselha procurar títulos mais seguros, como os de renda fixa, por exemplo. Neste caso, produtos como Tesouro Direto, CDB, LCI e LCA são boas opções. “Esse é um investimento que te protege de certa maneira, principalmente da inflação”, diz o economista.

Inclusive, vale saber também que quando a herança envolve algum imóvel, o cuidado deve ser ainda maior. Isso porque, sem um planejamento, a chance de uma decisão equivocada aumenta bastante. “Sempre aconselho meus clientes a não saírem vendendo seus imóveis para gerar dinheiro, é preferível manter o patrimônio e fazer a locação. Assim, você terá uma renda durante um determinado período”, aconselha o especialista.

Em resumo, ao lidar com dinheiro inesperado, é essencial ter cautela, paciência e tomar decisões controladas. Buscar produtos financeiros seguros, como títulos de renda fixa, e ter um planejamento financeiro claro são medidas importantes para aproveitar da melhor forma os recursos disponíveis. No caso de patrimônio imobiliário, é fundamental considerar todas as opções e evitar decisões precipitadas, priorizando a preservação do patrimônio a longo prazo.

Tenha um planejamento sucessório

Agora, se você é a pessoa que pretende deixar uma herança para outras pessoas, é importante lembrar que quando se trata deste tipo de situação, muitas vezes, podem ocorrer brigas entre os possíveis herdeiros.

E um exemplo disto é o caso do ex-apresentador Gugu Liberato, que após seu falecimento em 2019, deixou um patrimônio de mais de R$ 1 bilhão, o que causou um verdadeiro caos em sua família.

Mas saiba que dá sim para tentar evitar situações como esta. E a melhor opção é ter um planejamento sucessório bem feito. Isso porque, nesse processo, ocorre a antecipação e a organização dos detalhes relacionados à distribuição do patrimônio e outros aspectos legais.

Foi pego de surpresa? Veja os primeiros passos

Por outro lado, quando não há o planejamento necessário, pode ocorrer do beneficiário ser pego desprevenido, sem nem saber da existência deste patrimônio, tornando o processo mais difícil. “Muitas vezes, já existe um processo em andamento, porém, muitas vezes, os herdeiros nem ficam sabendo e só descobrem um tempo depois”, afirma o Akiyama.

Luciana Faria, advogada do escritório Rodrigues Faria Advogados, em São Paulo, explica que também é importante se atentar em pagar todas as taxas referentes para não correr riscos durante o processo. “A pessoa que não recolhe os tributos no prazo correto está sujeito a ter o nome inscrito em órgãos de proteção ao crédito, como Serasa e SPC, por exemplo. Além disso, em alguns casos, chega-se a pagar até mesmo uma multa”, conta.

Portanto, fica evidente a importância de um planejamento cuidadoso das questões tributárias ao lidar com uma herança. Ao estar preparado, o beneficiário poderá agir de forma adequada, minimizando transtornos e garantindo uma administração eficiente do patrimônio recebido.

Herança em vida, é uma possibilidade?

Existe uma tática que tem sido cada vez mais utilizada no planejamento sucessório para diminuir o impacto das questões tributárias, chamada de “herança em vida”. Isso significa que um beneficiário recebe o patrimônio sem que seja necessário esperar pelo falecimento.

Luciana acredita que há grandes vantagens em realizar o processo dessa forma. “Sim, existem benefícios, especialmente porque o processo de inventário é demorado. Por exemplo, se as partes não colaborarem, podem durar de 5 a 10 anos. Além disso, os custos são muito altos”, afirma a advogada.

Outro ponto importante é evitar conflitos familiares, que são bastante comuns durante a leitura de testamentos e podem atrapalhar o processo, além de causar mal estar na família.

O importante é deixar tudo documentado para evitar problemas com os herdeiros. Afinal de contas, a herança é programada não para causar brigas, mas sim para dar uma vida melhor àqueles que irão receber o valor.

Colaboração: Daniel Navas

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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