Mais IA, menos perfil padrão do investidor: confira tendências de planejamento financeiro
Evento “Planejamento Financeiro: inovações, tendências e desafios dos profissionais da área” contou com a presença do consultor financeiro Gustavo Cerbasi, sócio da SuperRico
Entra Inteligência Artifical. Saem os testes para descobrir o “perfil padrão do investidor”. Essas foram algumas das conclusões do painel “Planejamento Financeiro: inovações, tendências e desafios dos profissionais da área”, realizado na semana passada e promovido pelo Insper.
O evento, mediado por Marina Naime, gerente de projetos da B3 Educação, contou com a presença do consultor financeiro Gustavo Cerbasi, sócio da plataforma SuperRico, e de Ricardo H. Rocha, professor de Finanças do Insper.
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Com 16 livros publicados desde 2002, Cerbasi destacou que o planejador financeiro deve ter sempre em mente os “imprevistos”. O consultor financeiro pontuou que, “quando os planos funcionam, é porque algo deu muito errado. Planos não foram feitos para dar certo”. Isso porque “quando você avança na zona do desconhecido, você se depara com o imprevisto”.
Open banking e o open finance
Para Cerbasi, o open banking e o open finance vão ajudar o planejador financeiro a conhecer melhor seus clientes. Também destacou o uso da Inteligência Artificial para identificar informações mais precisas sobre eles e, assim, conseguir montar as melhores estratégias sem perder muito tempo.
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Por conta disso, de acordo com Cerbasi, o mercado de planejamento será bem diferente nos próximos cinco anos. “Entendo a IA como ganho de produtividade. Funciona quase tão bem quanto a Receita Federal”, compara o consultor financeiro.
Na avaliação de Cerbasi, “o planejamento financeiro vai mudar a economia brasileira”. Ele pontua que clientes com planejadores vão conseguir contratar crédito e seguro mais baratos.
Perfis de carteira
O autor de “Casais Inteligentes enriquecem juntos” também criticou os já consagrados “perfis de carteira”, que dividem o investidor em conservador, moderado e arrojado. “É preciso ouvir e interpretar a vida das pessoas, ajustando-se aos seus estilos de vida”, frisa ele, que provoca: “Você responde 20 perguntinhas padrão para ser enquadrado como investidor em um perfil, mas alguém perguntou se você tem doenças na família? Se está vivendo no interior ou na capital? Se seus hobbies são viagens? Às vezes você dá a sorte de ser enquadrado no seu perfil”.
Para Cerbasi, entender as emoções dos clientes é central na hora do planejamento financeiro. Conforme o consultor, no fim das contas, a missão do planejador é fazer o cliente entender o processo de investir como a preparação para uma competição, como se ele fosse um atleta.
“Ele vai começar a se habituar ao sacrifício, colocando a celebração no fim do processo. Transformo o cliente num atleta da celebração”, resume Cerbasi.
MegaFeirão Serasa e Desenrola
Para quem ainda não está na fase de planejamento financeiro, mas, sim, de pagar dívidas, vai até 28 de março o 1º MegaFeirão Serasa e Desenrola, que promete ajudar brasileiros a quitar suas dívidas com descontos de até 96%.
Promovido pela Serasa em parceria com o Ministério da Fazenda e os Correios, o mutirão emergencial de renegociação de dívidas oferece ofertas variadas, seja online para o Brasil todo nas plataformas da Serasa – site e app – ou presencialmente em São Paulo, no Palácio dos Correios (Praça Pedro Lessa, s/n – Centro Histórico).
No local, também é possível conferir a exposição “Arte na Lona – A educação financeira em arte”, reunindo 18 obras de arte criadas por artistas brasileiros.
Em janeiro, o Brasil registrou 72 milhões de inadimplentes (43,91% da população), de acordo com o Mapa de Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa. Durante o período, o valor total das dívidas chegou a R$ 382,8 bilhões, com média de R$ 5.311,96 por pessoa endividada.
O levantamento também identificou que o público de 41 a 60 anos é o grupo que mais acumula débitos (35%), seguido pelos consumidores de 26 a 40 anos (34,2%) e pelos que têm mais de 60 anos (18,8%). Já as pessoas de até 25 anos são as que menos têm dívidas (12%).