Quem é o novo ‘dono’ da WEG, empresa que é conhecida como ‘fábrica de bilionários’
Executivo prata da casa foi escolhido para comandar uma das maiores companhias do país
Alberto Yoshikazu Kuba foi de estagiário a CEO de uma das maiores empresas do Brasil. No mês passado ele assumiu o posto de diretor presidente executivo da WEG (WEGE3) após 22 anos na companhia. O novo “dono da WEG” – como popularmente é conhecido – chegou ao cargo com a missão de continuar fazendo a empresa crescer. Sobretudo com a expansão da participação em outros mercados.
“Vamos continuar focados no crescimento e atentos aos movimentos do mercado, valorizando o reinvestimento dos lucros, a expansão continuada dos mercados, o investimento em tecnologia, a gestão participativa, bem como a valorização e desenvolvimento das pessoas”, afirmou Alberto Kuba, no anúncio oficial feito pela WEG ao mercado em dezembro de 2023.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
Ele sucedeu Harry Schmelzer Júnior, que permaneceu no comando da WEG nos últimos 16 anos.
O sucesso de Kuba na sua missão pode impactar uma lista que anualmente atrai atenções de todo o mundo: a relação anual de mais ricos da Forbes. As famílias dos três fundadores detém uma importante participação na empresa, que ao todo é avaliada em cerca de R$ 166 bilhões, de acordo com a B3.
Últimas em Quem é?
O resultado disso é a fama da WEG como “fábrica de bilionários”, com 29 acionistas herdeiros sendo listados entre os mais ricos pela revista. A relação inclui Livia Voigt, de apenas 19 anos, e Anne Werninghaus, uma das maiores acionistas individuais da companhia.
Quem é Alberto Kuba, o novo ‘dono da WEG’?
O currículo oficial de Alberto Yoshikazu Kuba, divulgado pela WEG, informa que ele é engenheiro eletricista formado pela Unesp, com MBA em gestão empresarial pela FGV e especialização em finanças corporativas pela Fundação Dom Cabral.
Alberto Kuba chegou à empresa brasileira de motores elétricos em 2002, como estagiário. Ele cresceu na WEG na área de vendas de motores industriais. Em 2010, foi enviado pela empresa para trabalhar na China, onde cresceu até se tornar o superintendente das operações da companhia no país asiático.
Kuba, então, voltou ao Brasil 10 anos depois, agora como superintendente no país da área de motores industriais. Em dezembro de 2023, Décio da Silva, presidente do conselho de administração da WEG, o anunciou como o novo CEO da empresa.
Por que a WEG mudou o comando?
O executivo Décio da Silva é filho de Eggon João da Silva, que foi um dos fundadores da WEG junto com Werner Ricardo Voigt e Geraldo Werninghaus. Os três fundaram a empresa em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, em 1961.
Ao anunciar a sucessão, Décio argumentou que empresas não podem mudar sempre sua gestão, mas que também não podem ficar estáticas.
“Uma empresa não pode não mudar nunca, mas também não pode mudar continuadamente as suas lideranças. É preciso ter um equilíbrio para garantir a perenidade do negócio. Empresas que não mudam nunca, tem pouco espaço para inovação. Empresas que mudam sempre, não dão tempo para a curva de aprendizagem e nem para sedimentar sua cultura empresarial”, disse o presidente do Conselho da WEG no anúncio oficial.
Décio da Silva elogiou a passagem de 16 anos de Harry Schmelzer e ressaltou a valorização das ações da empresa. “A participação do Harry foi de fundamental importância para o processo de expansão da WEG ao longo desses 16 anos em que ele esteve à frente da companhia. O resultado está na valorização expressiva das nossas ações nestes anos”, afirma.
Quanto recebe a diretoria executiva da WEG?
Em 23 de abril, os acionistas da WEG se reuniram em assembleia geral para deliberar sobre pontos importantes para o presente e o futuro da empresa. O grupo dos donos da WEG aprovou as demonstrações financeiras da empresa, a destinação dos lucros de 2023, a composição do conselho de administração e a remuneração de seus diretores.
Harry Schmelzer Júnior foi aprovado para compor o conselho, assim como os executivos Dan Ioschpe e Tania Cosentino, que foram escolhidos como membros independentes. Tania, inclusive, é CEO da Microsoft Brasil e recentemente concedeu entrevista ao podcast Visão de Líder, da Inteligência Financeira.
De acordo com a ata da assembleia, aprovou-se uma remuneração global de até R$ 166,43 milhões para a diretoria da companhia. Deste total, até R$ 22,11 milhões vão para remunerar o conselho, enquanto até R$ 144,32 milhões têm como destino os pagamentos da diretoria estatutária.
Na proposta enviada aos acionistas consta que a remuneração de conselheiros e diretores da WEG possui uma parte fixa e outra parte variável.
O documento define que os valores de cada profissional variam de acordo com as responsabilidades e funções específicas, o tempo de dedicação e o custo de serviços no mercado.
Quem são os herdeiros da WEG e quais são as suas fortunas?
A empresa não revela qual é o percentual exato que cada dono da WEG membro das famílias fundadores possui no seu capital. No entanto, informa que os controladores possuem 64,58% das ações da companhia. São 50,09% através da holding WPA Participações e outros 14,49% de forma direta.
Na última relação anual da Forbes estão apenas aquelas pessoas que possuem fortuna individual acima de US$ 1 bilhão.
Assim, cinco herdeiros da WEG estão na lista. São eles: Eduardo Voigt Schwartz (R$ 6,63 bilhões), Mariana Voigt Schwartz Gomes (R$ 6,63 bilhões), Anne Werninghaus (R$ 6,12 bilhões), Livia Voigt (R$ 5,61 bilhões) e Dora Voigt de Assis (R$ 5,61 bilhões).