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Nizan Guanaes e CEO do Google no Brasil têm discussão acalorada em painel sobre IA generativa
Durante debate sobre inteligência artificial generativa (IA generativa) ocorreu uma discussão acalorada entre o publicitário Nizan Guanaes e o presidente no Brasil do Google, Fabio Coelho.
Durante painel chamado Dilema Digital, em evento da agência de notícias Bloomberg, em São Paulo, Guanaes defendeu a regulação das plataformas no uso de conteúdo, para evitar por exemplo a disseminação de notícias falsas e de ódio.
Coelho alegou que o Google já usa mecanismos para excluir de sua ferramenta de buscas conteúdos de cunho racista, por exemplo.
Guanaes, contudo, reagiu com veemência.
“Você está mentindo”, disparou o publicitário, antes de relatar um caso familiar.
Nizan Guanaes defende regulação da IA generativa
Ele mencionou então um episódio de 2019, quando Donata Meirelles, mulher de Guanaes, foi envolvida numa polêmica durante uma festa.
Na ocasião, Donata deixou-se fotografar ao lado de mulheres negras, o que alguns interpretaram como um representação de um senhora de escravos.
O caso gerou grande repercussão online. Numa postagem na internet, ela argumentou que foi um mal entendido e pediu perdão.
Para Guanaes, materiais como esses deveriam ser excluídos pelas empresas de mídia e de buscas, como o Google, mas isso não acontece.
Segundo ele, as plataformas digitais vivem um “Velho Oeste” no Brasil.
O painel era para discutir sobre como as plataformas de distribuição podem aproveitar a inteligência artificial generativa, mas também proteger a privacidade, a segurança e a propriedade intelectual.
A mediadora da Bloomberg tentou retomar a discussão original do painel, mas Guanaes argumentou que o tema era dilema digital e ele queria oferecer sua visão sobre o assunto.
Regular tecnologia é tema global
A discussão aconteceu na esteira de crescente debate público sobre a necessidade de regulação da IA no Brasil.
Nesse sentido, um projeto de lei conhecido como o Marco Legal da Inteligência Artificial está parado no Senado.
Isso ocorre em meio a profundas discordâncias entre produtores de conteúdo, governos e reguladores sobre os termos de uma eventual estipulação de regras.
Enquanto isso, outras geografias estão mais adiantadas nesse sentido, como a União Europeia, que começou neste ano a implementar um calendário de regulação.
Além disso, a China também está avançando em regulação do setor.
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