Ritmo de crescimento anual do crédito deve ter terceira alta seguida, a 8,6%, diz Febraban

De acordo com os dados da pesquisa, a carteira Pessoa Física deve ter expansão de 0,7% no mês e 10,6% em um ano, liderada pelos financiamentos de veículos, que têm se favorecido do processo de queda dos juros

O saldo total da carteira de crédito do sistema financeiro deve crescer 0,3% em abril ante março, revela a Pesquisa Especial de Crédito da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Se o resultado se confirmar, o ritmo de expansão anual da carteira deve acelerar pelo terceiro mês seguido, passando de 8,3% para 8,6%.

De acordo com os dados da pesquisa, a carteira Pessoa Física deve ter expansão de 0,7% no mês e 10,6% em um ano, liderada pelos financiamentos de veículos, que têm se favorecido do processo de queda dos juros, e do cartão de crédito à vista — neste caso, impulsionado pelo consumo aquecido das famílias.

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Já o crédito destinado às empresas, por sua vez, deve recuar 0,4% no mês e avançar 5,7% em um ano. A queda deve ser puxada pela carteira com recursos livres (-0,9%), afetada pela sazonalidade negativa das linhas de fluxo de caixa e por um desempenho ainda fraco da modalidade capital de giro, a principal da carteira.

“Os números da pesquisa de abril continuam apontando para um horizonte mais promissor para o crédito em 2024. Assim, as projeções para o crescimento do crédito neste ano devem seguir sendo revisadas para cima, alinhando-se com as perspectivas mais positivas para o desempenho da economia”, avalia Rubens Sardenberg, diretor de economia, regulação prudencial e riscos da Febraban.

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Segundo ele, as menores taxas de juros e a moderação da inadimplência têm contribuído para ampliar as ofertas de crédito por parte das instituições financeiras. “A dúvida, agora, é se a piora recente no cenário macro, explicitada na última reunião do Copom, vai ou não inibir, ainda que parcialmente, esta trajetória de retomada do crédito”, complementa.

As concessões de crédito devem retrair 0,5% em abril ante março (ou -9,5% quando ajustado por dias úteis). Em um ano, a variação deve ser de alta de 7,8%.

De acordo com a Febraban, o menor volume no mês é especialmente afetado pela sazonalidade negativa de algumas modalidades Pessoa Jurídica, mas a retração na margem deve ser disseminada entre os recursos e segmentos.

Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

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