Derivativos

Derivativo é, como o próprio nome nos faz lembrar, um ativo que deriva de outro via um contrato padrão de negociação

Os derivativos são instrumentos de alto risco que empresas podem usar no endividamento para aumentar o lucro, fazer hedge (proteção) ou para especulação.

Nos derivativos, os investidores não negociam o ativo referenciado em si, mas um contrato referente a ele. Este contrato pode ser uma opção de venda ou compra de ações, ou um swap cambial, por exemplo. 

Todos os derivativos são padronizados, ou seja: os compradores adquirem o mesmo tipo de contrato, sem possibilidade de negociação. Assim, quantidade, qualidade, prazo de liquidação e cotação são previamente conhecidos.

Opções com papéis da Vale e da Petro
– Ilustração: Marcelo Andreguetti

Tipos de derivativos

Dividem os derivativos em quatro categorias. São elas: 

  • Mercado a termo 
  • Mercado futuro 
  • Opções 
  • Swaps  

O mercado a termo é o mais simples. Ele consiste em contratos de compra ou venda, com tudo determinado: quantidade, qualidade, prazo e condições para a liquidação. 

O mercado futuro é semelhante ao mercado a termo. A diferença é que o preço do contrato de compra e venda oscila diariamente. 

No mercado de opções o que se negocia é a opção de comprar e vender um ativo, ou seja, que não precisa necessariamente ser efetuada.

Já os swaps são contratos de troca. Com eles, geralmente, se trocam os rendimentos de dois ativos distintos. Os mais comuns são os swaps cambiais, utilizados com frequência pelo Banco Central, em que se troca a variação do câmbio por uma taxa de juros. Há também o CDS, conhecido como risco-país, que é uma troca de risco de calote pelo recebimento de juros periódicos. 

Opções de ações 

Opções de ações ou opções sobre ações são derivativos que garantem o direito de compra ou venda de uma ação em uma data futura por um preço acertado. Chama-se a opção de compra de call e a opção de venda de put.

Este tipo de instrumento financeiro criou-se para diminuir os riscos do mercado de ações, porque oferecem uma proteção à oscilação de preços.

Os investidores geralmente adquirem as opções de compra (call) quando veem uma possibilidade de valorização, mas não têm o dinheiro para comprar no momento.  

Caso o invetidor aposte na queda do papel, é possível lucrar com a desvalorização adquirindo opções de venda (put). Caso a queda projetada se concretize, o investidor adquire a ação desvalorizada e a vende a um preço maior, preestabelecido. 

Além da opção de compra e venda, também é possível operar opções como lançador. Lançador é a pessoa que efetua a venda ou compra do papel para o comprador da opção, sendo recompensado com o prêmio sobre as opções, que é o custo que o comprador de opções tem com a operação. 

Como tudo começou 

Segundo estudiosos, os derivativos são tão antigos quanto a escrita. Historiadores identificaram exemplos de contratos derivativos na Mesopotâmia em escrita cuneiforme.  

Um dos derivativos mais antigos é do século 19 a.C. e diz respeito a uma entrega futura de madeira. Outro, do século 18 a.C., envolvia o empréstimo de uma certa quantidade de sementes de cevada que teriam que devolver na colheita.

Os derivativos seguiram sendo utilizados, geralmente combinados a um empréstimo, em todas as civilizações, com registros destes contratos no Egito, em Roma, no Império Bizantino, entre outros. 


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