Letra de câmbio
A letra de câmbio é um ativo que segue a mesma lógica dos CDBs: você vira credor do emissor, que, neste caso, é uma financeira, não um banco. Em troca, você recebe seu dinheiro corrigido.
Por se tratar de um ativo classificado como renda fixa, as LCs podem ser uma alternativa para quem queira compor e diversificar uma carteira que já tenha CDB, LCA e Tesouro Direto, por exemplo.
Mas, se já existem os CDBs, qual é a vantagem da letra de câmbio? Simples: o retorno. Não raro, as financeiras oferecem rendimentos bastante atrativos para atrair investidores. Por serem instituições menores do que os bancos, as financeiras podem encontrar alguma desconfiança por parte dos investidores, daí a necessidade de oferecer taxas melhores.
O principal risco deste título é o de crédito, que acontece quando o devedor não paga a dívida. Neste caso, pode acontecer quando uma financeira quebra. De qualquer forma, a letra de câmbio é garantida pelo FGC, assim como outros ativos da renda fixa, como o próprio CDB e a LCA.
Letras de câmbio pré, pós-fixada ou híbrida
Segundo a B3, nossa Bolsa de Valores, a letra de câmbio pode ser emitida com remuneração pré, pós-fixada ou híbrida, sempre com rentabilidade diária. Vamos explicar cada uma das modalidades de pagamento das LCs:
Prefixadas
Nas prés, você conhece a rentabilidade do título assim que o adquire. Essa alternativa é boa quando os juros estão em queda. Assim, você já garante hoje um ganho maior no futuro.
Pós-fixadas
Já as pós-fixadas variam de acordo com o CDI e você só vai saber quanto vai apurar no vencimento do papel.
Híbridas
E temos ainda as LCs híbridas, que é a junção dos dois modelos anteriores, as prés e as pós-fixadas. Este modelo é bom para quem está com tempo e pode deixar o dinheiro aplicado no longo prazo, deseja manter o poder de compra e ter ganhos acima da inflação.
Leão e letra de câmbio
As letras de câmbio têm cobrança de Imposto de Renda sobre o rendimento, com tabela regressiva, como acontece com os CDBs e o Tesouro Direto. Então, seguem a seguinte estrutura de pagamento:
- 22,5% sobre o rendimento, para até 6 meses de aplicação;
- 20% sobre o rendimento, de 6 meses a 1 ano de aplicação;
- 17,5% sobre o rendimento, para 1 ano a 2 anos de aplicação;
- 15% sobre o rendimento, para investimentos acima de 2 anos.
E é bom que você saiba que resgates feitos antes de o investimento completar um mês pagam IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).