Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD)
A PNAD, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o indicador que mostra a força de trabalho no curto, médio e longo prazos em todo território nacional e regionalmente.
Entre outras informações, a PNAD calcula a taxa de desemprego no país, a população ocupada, o número de empregados com e sem carteira assinada, a porcentagem de trabalhadores por conta própria e domésticos. O levantamento aponta ainda questões financeiras, como os salários dos profissionais por suas funções. Há ainda um índice de informalidade e até mesmo o total de pessoas que desistiram de procurar um emprego.
Para que serve a PNAD?
O cenário detalhado do emprego no país é essencial para que o governo desenvolva políticas públicas e os setores da economia tenham uma orientação confiável se a atividade está aquecida, estável ou em queda. Além disso, ter conhecimento sobre o trabalho no Brasil serve de subsídio às empresas para ações de posicionamento no mercado. O dado também é relevante para o cidadão, para saber como está o desempenho da área em que ele trabalha.
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A PNAD e seu bolso
Na prática, a PNAD pode impactar na confiança e na maneira com que você realiza suas aplicações. Se a pesquisa mostra que há mais empregos, há mais consumo e, portanto, uma economia mais aquecida. Por outro lado, um panorama negativo, de taxa de desemprego alta, com índice elevado de informalidade e remunerações depreciadas, acendem o sinal de alerta e adicionam uma dose de cautela na hora de lidar com as contas.
Um fio puxa o outro
O estudo também compõe o cenário macroeconômico e, diante do quadro completo, evidencia tendências, como a propensão de aumentar ou cortar gastos. O nível de emprego e renda do país ainda acaba refletindo no consumo e na busca por crédito, que por vez tem efeito na inflação e nos juros cobrados pelas instituições financeiras.
Nesta sequência de um fio puxar o outro, como sabemos, chegamos ao momento da vida real em que você avalia se o melhor é poupar mais, se tem espaço no bolso para comprar um carro, um imóvel ou fazer uma reforma, e se a circunstância possibilita mais priorizar um investimento na renda fixa ou realizar um aporte em um produto de renda variável.
Como tudo começou?
O IBGE implantou a PNAD experimentalmente em outubro de 2011 e, a partir de janeiro de 2012, começou a realizá-la em caráter definitivo. Segundo o IBGE, planejou o levantamento para produzir indicadores trimestrais sobre a força de trabalho e indicadores anuais sobre temas suplementares permanentes (como trabalho e outras formas de trabalho, cuidados de pessoas e afazeres domésticos, tecnologia da informação e da comunicação, entre outros).
Como é feita a PNAD?
O estudo é feito por meio de uma amostra de domicílios. As informações coletadas presencialmente dizem respeito às particularidades de cada casa ou apartamento visitado e de seus moradores. Entrevistadores entrevistam cada domicílio uma vez a cada trimestre, durante cinco trimestres consecutivos. Assim, os produtores dos indicadores da PNAD produzem mensalmente e não refletem o quadro de cada mês, mas, sim, a situação do trimestre móvel que finaliza a cada mês. A metodologia já estabelecida pelo IBGE é fundamental para atestar a confiabilidade da pesquisa.
A menor e a maior taxa de desemprego:
- O trimestre encerrado em dezembro de 2013 registrou a menor taxa de desemprego da série histórica: 6,2%.
- A maior taxa de desemprego registrou-se entre março e abril de 2021: 14,7%