Casa de análise
Cada casa de análise tem em seus quadros analistas com CNPI (Certificado Nacional do Profissional de Investimento), que é concedido por uma instituição chamada Apimec (Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais). São esses analistas – e somente eles – que fazem recomendações de investimento. A casa de análise pode ser independente, ou seja, não ter relação com outra instituição, ou pode ser ligada a um banco, por exemplo. Em todas elas, o investidor paga mensalidade e tem direito a receber, além das recomendações de investimento, relatórios, newsletters, dicas pontuais sobre uma ação específica, uma tendência de investimentos e cursos.
Quem são os analistas?
O analista que queria ter CNPI precisa passar por dois exames (Conteúdo Brasileiro e Conteúdo Global), com questões teóricas e técnicas. Ali são abordados temas como: sistema financeiro nacional, mercado de capitais, mercado de renda fixa, mercado de derivativos, conceitos econômicos, conduta e relacionamento, governança corporativa, relações com investidores e sustentabilidade. A única exigência para prestar o CNPI é ter faculdade concluída, em qualquer área. Mas não pense que seja fácil passar no exame.
Um analista CNPI é um profissional qualificado e bastante valorizado pelo mercado. Ele pode trabalhar em várias áreas, como consultoria, análise e pesquisa financeira, investment banking, finanças corporativas, administração de riquezas, relações com investidores e operações no mercado financeiro e de capitais.
Casa de análise ou Netflix?
Uma nova onda invadiu as casas de análise no Brasil: a produção de filmes e documentários sobre pessoas que influenciam o mercado financeiro, ou sobre novos investimentos (em cannabis, por exemplo). Algumas delas, inclusive, estão migrando para o streaming, que é um modelo de distribuição digital e as informações não são armazenadas pelo usuário em seu próprio computador. Há oito anos, havia duas casas de análise no Brasil. Mas, com a queda dos juros, os investidores sentiram necessidade de diversificar suas carteiras e até arriscar um pouco mais. Foi então que houve uma proliferação das casas de análise, que já chegam a quase dez atualmente.