ESG (Environmental, Social, Corporate Governance)

ESG é a sigla em inglês para Environmental, Social, Corporate Governance. Empresas com as melhores práticas para questões ambientais, sociais e de governança são consideradas empresas ESG.

Dentro do critério Ambiental, consideram-se itens que impactam no clima, por exemplo. Em Social, levam-se em consideração questões envolvendo a diversidade das equipes, os direitos humanos e a proteção ao consumidor. E no quesito Governança, a análise fica por conta da estrutura de gerenciamento da empresa. Em resumo, isso é o que é o ESG.

O que é e como começou o ESG

A organização das empresas em torno do ESG é recente, não passa de 20 anos. Em 2004, o Banco Mundial, a ONU e bancos de nove países assinaram um documento cujo título era “Ganha quem se importa” (ou “Who cares wins”). Kofi Annan, então secretário-geral da ONU, questionou os presentes na reunião sobre como tornar os pontos que envolviam o meio ambiente, as comunidades e a transparência das corporações em algo real e importante para o mercado de capitais. 

Até então, as questões em relação ao ESG até existiam, mas não eram organizadas, nem relevantes. Foi a partir do documento da ONU que as empresas passaram a estruturar melhor seus planejamentos para as tão aclamadas três letrinhas do ESG. O resultado já pode ser visto a olho nu: só nos Estados Unidos, país onde tudo é calculado e vira uma estatística, o volume de vendas de produtos de empresas com o selo ESG foi de quase US$ 18 bilhões em 2020, o que representa um crescimento de 520% em cinco anos. E o Brasil, por sua vez, criou um índice na Bolsa, o ISE B3, como veremos a seguir. 

O que rola no mercado financeiro 

A Bolsa de Valores brasileira criou um índice para medir o esforço das empresas de capital aberto com relação ao ESG. É o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3). Assim como o Ibovespa, o ISE B3 mostra uma média. Neste caso, ele se refere ao desempenho médio das cotações dos ativos de empresas selecionadas pelo reconhecido comprometimento com a sustentabilidade.  

A Bolsa brasileira foi a primeira a adotar um benchmark ESG em toda a América Latina, em 2005. Em janeiro de 2022, o ISE B3 ganhou uma nova listagem, que vale até dezembro. E é no final do ano, aliás, quando revisam o índice e sua composição pode mudar.

No mercado financeiro norte-americano, por exemplo, a BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, causou comoção ao anunciar que iria retirar de seu portfólio empresas cujas receitas fossem dependentes da produção de carvão térmico. O presidente da companhia, Larry Fink, aliás, vem exigindo maior divulgação de dados sobre sustentabilidade, tanto de empresas públicas quanto das privadas.  

Quais empresas entram – ou não – no ISE: 

Entre os critérios de seleção de empresas que fazem parte do ISE estão:

  • ter ativos elegíveis, que nos últimos três anos tenham ocupado as 200 primeiras posições nas negociações da bolsa; 
  • ter papéis negociados em pelo menos metade dos pregões em três anos; 
  • ter pontuação nos critérios da B3 que seleciona as empresas para o índice. 

O ISE não aceita BDRs e ativos de companhias em recuperação judicial ou extrajudicial, regime especial de administração temporária ou sob intervenção. 


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